19 de abril de 2024

Erupções solares recentes podem ter afetado medições de aparelhos GPS

Sua performance no Strava ou no Garmin Connect aumentou por esses dias? Não comemore por enquanto, pois pode ser apenas um erro de medição

Erupções solares ocorridas nos últimos dias podem ter sido responsáveis por erros de navegação e falhas de comunicação em todo o mundo. De acordo com o jornal The Independent, as atividades solares atingiram seu maior nível em 24 anos, com o seu ápice no dia 19 de outubro, em uma região da mancha solar AR12192, com seis explosões grandes desde este dia. A região em questão tem mais de 800 mil quilômetros de diâmetro.

As erupções solares emitem poderosas tempestades de radiação, que, embora não cheguem a ser prejudiciais às pessoas, é capaz de interferir em algumas comunicações de rádio na Terra, bem como navegadores GPS.

Segundo o jornal britânico, o nível de atividade solar deve ser alto para os próximos dias, uma vez que a mancha continua a crescer.

De acordo com um relatório publicado no The Wall Street Journal, a intensa atividade solar das últimas semanas chegaram a induzir a erro equipamentos de navegação e de comunicação em aeronaves.

Para ciclistas que utilizam GPS Garmin ou similares, ou adeptos do aplicativo para smartphones Strava, as consequências não são tão sérias, embora a possibilidade de erros de medição, localização de percursos e demora na localização dos satélites não estejam descartados.

“Qualquer tipo de aparelho receptor GPS pode ser afetado”, disse Bifford Williams, cientista pesquisador da Global Atmospheric Technology and Sciences. “GPS funcionam recebendo sinais de múltiplos satélites para determinar sua distância a partir de cada satélite e assim, triangular sua posição. Explosões solares podem ejetar partículas elétricas (elétrons, íons) na camada superior da atmosfera, alterando seu índice de refração, o que pode atrasar ou até mesmo alterar o ângulo dos sinais. Uma camada mais forte pode até bloquear o sinal completamente”, disse.

Astrônomos da Space Weather Prediction Center, nos Estados Unidos, avaliaram que as explosões na região da mancha solar AR12192 produziram energia equivalente a “bilhões de armas termonucleares”, o que é mais do que suficiente para atrasar o sinal dos satélites.

Segundo Williams, o problema ocorre com mais frequência nas regiões de latitudes mais elevadas, próximas às regiões polares.

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