19 de março de 2024
Fotos: Divulgação / Funvic

Equipe Funvic/Brasil Pro Cycling Team se posiciona sobre possível doping de seus atletas

Equipe de São José dos Campos divulga nota oficial sobre decisão da UCI de suspender os ciclistas Alex Correia Diniz e Otavio Bulgarelli por ‘resultados adversos’ em seus passaportes biológicos

Em nota divulgada à imprensa na manhã desta terça-feira, a equipe de ciclismo de estrada Funvic/Brasil Pro Cycling Team posiciona-se a respeito da suspensão temporária de dois de seus integrantes, cujos passaportes biológicos apresentaram ‘resultados adversos’ em exames realizados pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), de acordo com nota apresentada pela União Ciclística Internacional (UCI). 

Na última segunda-feira, a UCI anunciou que o exame anti-doping realizado nos ciclistas Alex Correia DinizOtavio Bulgarelli resultaram em uma “violação na regra do anti-doping” decorrente de uma advertência com relação ao passaporte biológico dos atletas da equipe De acordo com as leis anti-doping da entidade, os ciclistas foram provisoriamente suspensos até a decisão do caso. Até o presente momento, a UCI não forneceu detalhes sobre a substância proibida detectada nas amostras.

Defesa – Na nota oficial da Funvic/Brasil Pro Cycling Team, a equipe se defende alegando que os atletas não foram flagrados com substâncias proibidas, opinião compartilhada por Otavio Bulgarelli. “Estou bem surpreso [com a nota], pois sempre obtive resultados negativos em todos meus controles de doping e recebo essa notícia da ABCD me acusando de violar as regras do controle e não por encontrarem substâncias proibidas em meus exames”, disse o ciclista em seu perfil no Facebook.

Vídeo: Otavio Bulgarelli comenta as acusações

Para Alex Correia Diniz, a alteração de seu passaporte biológico deve-se ao uso dos medicamentos Encitalopran e Clonazepam, utilizados pelo ciclista para amenizar os problemas decorrentes de uma síndrome do pânico que teve início após a morte de seus pais adotivos em 2014. Segundo Alex, a medicação pode provocar pequenas hemorragias, o que pode ter causado a alteração detectada em seu organismo. “Mandei tudo que foi possível para a UCI entender o meu caso”, disse o atleta.

Confira a íntegra da nota oficial da equipe Funvic/Brasil Pro Cycling Team:

A equipe Funvic/Brasil Pro Cycling foi comunicada na tarde da segunda-feira (27) sobre possível caso de doping envolvendo dois de seus ex-corredores da temporada 2016.

Nos dois casos, nenhum deles foi flagrado com substâncias proibidas. Os dois ex-ciclistas da equipe, de acordo com nota publicada em seus perfis no Facebook, irão se defender juntos aos meios cabíveis para provar sua inocência.

Reiteramos que seguimos trabalhando com seriedade e desejamos êxito aos dois ex-ciclistas da equipe na busca pela verdade.

Passaporte Biológico – Todos os atletas da equipe possuem o Passaporte Biológico, adotado desde que a equipe recebeu a licença Profissional Continental da UCI em 1º de janeiro de 2016. Desde então, os ciclistas podem ser acionados a fazer exames em qualquer dia e horário da semana, seja em competição ou fora. Para tal, o atleta preenche uma ficha online na qual insere o seu endereço diariamente, seja fora de competição, em competição ou em viagens. O objetivo é que ele esteja sempre disponível para todos os órgãos competentes de combate ao doping em qualquer lugar do mundo.

MPCC – Em 2017 a equipe aderiu ao MPCC (Movimento por um Ciclismo Credível que aplica regras muito mais rigorosas do que a WADA (Agência Mundial Anti-dopagem), tudo visando à prevenção de qualquer tipo de problema relacionado com doping.

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