Cerca de 200 armas foram recolhidas em uma semana. Iniciativa começou em Iztapalapa, uma das áreas mais perigosas da capital
As autoridades da Cidade do México estão organizando a campanha “Por sua família, desarmamento voluntário”, de trocas de armas por bicicletas, a fim de tornar mais seguro o perigoso bairro de Iztapalapa.
Para promover este programa, a secretaria de Segurança Pública da Cidade do México investiu 300.000 pesos (23.000 dólares) na aquisição de bicicletas, segundo uma fonte municipal que não quis ser identificada. A iniciativa se estenderá a outras localidades além de Iztapalapa, que é o segundo município com maior índice de criminalidade da capital mexicana.
Apesar de mais de 200 armas recolhidas até o momento, nem todos acreditam que o programa conseguirá desarmar os verdadeiros criminosos. Entre os céticos, também está o comando militar, cuja tropa é encarregada de recolher, catalogar e destruir as armas recolhidas. “Veja o estado das armas: a maioria está velha, pertencem a famílias que as herdaram de seus avós”, afirma o comandante, que também não quis ser identificado. Segundo cifras do governo do ex-presidente Felipe Calderón (2006-2012), um total de 107.973 armas e 10,9 milhões de cartuchos foram apreendidos entre dezembro de 2006 a fevereiro de 2012, e 90% dessas armas provinha dos Estados Unidos.
No México, é ilegal portar armas, ao contrários dos Estados Unidos, onde este tema voltou a ser discutido com a matança de 20 crianças e 6 adultos em uma escola primária em meados de dezembro.