19 de setembro de 2024
Tony Martin mostrou por que razão é o campeão mundial de contra-relógio

Tony Martin vence 1º contra-relógio do Tour de France

Camisa amarela, Chris Froome é o segundo melhor do dia e abre grande vantagem na classificação geral

Tony Martin mostrou por que razão é o campeão mundial de contra-relógio
Tony Martin mostrou por que razão é o campeão mundial de contra-relógio

Missão cumprida. Tudo correu bem a Chris Froome (Sky) e ele nem sequer precisou de ganhar o contra-relógio individual desta quarta-feira, o primeiro desta 100ª edição do Tour de France, para se distanciar da concorrência. Num dia dominado pelo alemão Tony Martin (Omega-Pharma), o ciclista britânico foi segundo e cumpriu o seu grande objetivo do dia, que era ganhar minutos aos seus adversários para poder enfrentar a última semana recheada de montanhas com outra tranquilidade.

Depois de já se ter mostrado forte nos Pirineus, Froome mostrou-se nesta quarta-feira inacessível no crono de 33km planos entre Avranches e Mont-Saint-Michel, chegando até a ser o mais rápido nas duas primeiras contagens intermédias. A fazer-lhe sombra na etapa, apenas Tony Martin, bicampeão mundial e vice-campeão olímpico de contra-relógio (entre o campeão Bradley Wiggins e o medalha de bronze Froome), que era o favorito número um, mas que estava bem longe de ser uma ameaça para a geral. Froome foi 12 segundos mais lento que Martin, mas mais importante, ganhou dois minutos a Alejandro Valverde (13º da etapa), mais 2m03s a Alberto Contador (15º), os seus mais diretos rivais.

“Para o fim, já estava um bocado morto. Mas a minha luta não era contra o Tony e, sim, contra os outros corredores da geral. O meu objetivo era ganhar o máximo de tempo possível e não fiquei desiludido”, confessou Froome, que tem agora 3m25 de vantagem sobre Valverde e 3m54s sobre Contador, que subiu ao quarto da geral. “Espero conseguir guardar esta vantagem nos próximos dias. Será muito difícil segurar a camisa amarela até ao fim”, acrescentou o homem da Sky, que agora terá dois dias de etapas planas antes de reentrar na montanha.

Para Valverde, que ainda é o segundo da geral, o crono desta quarta-feira parece ter dado um tiro mortal nas suas ambições de chegar ao primeiro lugar. “Claro que perder dois minutos é muito. Há o Froome, mas também há outros que lutam pelo pódio e eu estou entre eles. Continuo entre os melhores e recuperar tempo até ao último dia é possível, mas bater Froome será complicado”, reconheceu o espanhol.

A estratégia para os Alpes das equipes dos candidatos parece ser apenas uma, atacar muito, isolar Froome e esperar que ele ceda, algo que já foi tentado com sucesso parcial nos Pirineus. É verdade que Froome ficou sem companheiros de equipe para o ajudar, mas conseguiu resistir aos ataques. “A tática é tentar desmontar a Sky. Já conseguimos deixar Froome sozinho, inclusive sem Richie Porte. Acho que o fizemos bem, mas ele está muito forte e não passou por grandes apuros. Temos de fazer muitos ataques. Se ele tiver de responder a todos, talvez chegue uma altura em que fique saturado”, contava ontem ao jornal Marca Imanol Erviti, gregário da Movistar, que não descarta uma aliança com a Saxo de Contador ou com outras equipes contra a Sky.

Fonte: Desporto P

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