Veto às norte-coreanas tinha sido abolido no ano passado, mas voltou a vigorar no país do leste asiático, sob alegação de que contraria a ‘moral socialista’
Não faz muito tempo, em agosto do ano passado as mulheres da Coreia do Norte ainda comemoravam o fim de uma proibição de décadas, a de andar de bicicleta nas áreas urbanas.
Mas durou pouco, infelizmente. Este ano a proibição foi reintroduzida pelas autoridades do país, com o agravante de que, se antes a mulher era apenas multada, agora a lei permite o confisco da bicicleta.
O veto teria tido origem nos anos 90, imposto pelo regime de Kim Jong-il – um dos mais fechados do mundo. E o pretexto teria sido um acidente envolvendo uma mulher conduzindo sua bicicleta. Na TV, a imagem de mulheres pedalando de saia era então descrita como contrária ao costume e à “moral socialista”. Nesse período, as mulheres também foram desautorizadas a dirigir automóveis, ou qualquer outro veículo, na capital Pyongyang.
Além de autoritária, a medida vem atrapalhar mais ainda a vida dos norte-coreanos, que praticamente não têm carros, motos ou outros veículos, e contam com as bikes como importante meio de mobilidade. A bicicleta era para mulheres, por exemplo, a única forma de transportar crianças ou trazer compras do mercado.