Local é uma mistura de café e bar com loja de roupas e oficina mecânica. Sustentabilidade e mobilidade urbana são foco do empreendimento
Em tempos de valorização de sustentabilidade, um trio de amigas que usa a bicicleta como meio de locomoção prioritário decidiu criar um lugar para reunir quem valoriza a cultura do transporte alternativo. A paixão pelas bikes virou negócio e deu origem a uma cafeteria emPorto Alegre que mistura o espaço de bar com uma loja de acessórios para ciclistas e uma pequena oficina mecânica.
O conceito do Vulp Bici Café foi criado pelas sócias Isadora Lescano, de 30 anos, Tássia Furtado, de 29, e Silvia Pont, de 23. As três se conhecerem há pouco mais de um ano, durante uma pedalada feminina. E o gosto em comum pela cultura urbana e da bicicleta fez com que as jovens se juntassem no fim de 2012 para abrir o local.
“Todas nós usamos bicicleta como meio de transporte. Sentíamos falta de um espaço que tivesse essa pegada mais urbana, daquela coisa da bici como estilo de vida e não só para esporte. E foi aí que surgiu o café: para mostrar para outras pessoas que a cultura da bicicleta é uma coisa do bem e é um estilo de vida”, explica Isadora Lescano.
Com a ideia na cabeça, o próximo passo foi montar um plano de negócios. Ao mesmo tempo, o trio pesquisou empreendimentos em São Paulo e no Rio de Janeiro que já trabalhavam dentro da mesma proposta para saber se o negócio era viável. Depois de sete meses de trabalho, surgiu a Vulp.
“Procuramos o Sebrae para ter uma noção do nosso negócio. Depois tivemos de encontrar um local legal, desenhar a marca, criar o nome. Temos todo um networking que está funcionando”, diz Isadora.
A inspiração para o nome, Vulp, é uma derivação do nome científico dado à raposas vermelhas, do gênero Vulpes. A associação parece não ter vínculo com a cultura da bicicleta, mas de acordo com Isadora tem.
“A raposa tem hábitos diurnos e noturnos e é um animal que se adapta ao ambiente em que está. Isso tem muito a ver com as pessoas que andam de bicicleta. A raposa é ágil, esperta e não é uma presa, assim como o ciclista urbano. Além disso, ela anda em bando e isso se enquadra no perfil do ciclista urbano”, conta.
O investimento inicial feito, segundo as sócias, foi relativamente baixo, pois elas tiveram ajuda de parceiros para montar o lugar. Isadora conta que toda a parte decorativa e de montagem do café foi feita por elas e por amigos próximos que gostaram do projeto.
“Além disso, as próprias marcas ajudaram bastante e acreditam na nossa proposta”, diz a sócia.
Na parte da oficina, qualquer pessoa pode chegar com sua bicicleta e fazer arrumações básicas como apertar parafusos, arrumar pneus, dar um jeito em algum raio que está torto. Montada no formato “faça você mesmo”, o uso da oficina varia de R$ 5 a R$ 10 para bicicletas single speed (de marcha única).
No local é possível adquirir produtos que não se encontram em qualquer lugar em Porto Alegre, diz Isadora. Artigos de vestuário, acessórios tanto para bicicletas, como para as pessoas, bicicletas novas e de segunda mão, peças mecânicas e itens que não são exatamente para usar na bici, mas fazem parte da cukltura da bike permeiam o ambiente.
Fonte: Portal Mobilize