Muitas vezes uma coroa de 38 dentes pode parecer pouco em descidas de velocidade em bikes 29ers. O que fazer nestes casos?
O problema surge como consequência do frenesi tecnológico da indústria de componentes para bicicleta. Na mesma época em que surgiram os primeiros grupos de transmissão baseados em duas coroas (desenvolvidos originalmente para bikes aro 26″), surgiram também as bicicletas aro 29 polegadas.As novas relações das transmissões 2×10 em muitos casos não estão plenamente adaptadas para a utilização nas 29ers, embora possam parecer adequadas a compensar o maior peso das bicicletas de rodas grandes. A “solução” encontrada pela grande maioria dos fabricantes de componentes foi criar grupos com coroas menores para melhor mover as bikes 29″, mas por outro lado, são inadequados em situações de descidas de alta velocidade. Além disso, pedivelas com duas coroas não podem ter grande diferença no número de dentes entre elas. Primeiro, para permitir uma boa qualidade na troca de marchas, e em segundo lugar, para que não haja uma grande diferença na transição entre uma coroa e a outra. A Shimano recomenda uma diferença máxima de 12 dentes entre as coroas, enquanto que na SRAM este número chega a 14.
Sem dúvida nenhuma, a melhor opção, excetuando situações de competição, seria a utilização de uma relação com coroa tripla. Uma combinação de coroas com 22/33/44 dentes seria virtualmente perfeita. Adicionaríamos algum peso à bicicleta, mas também uma maior polivalência. Talvez seja por isto que o japoneses da Shimano tem se mantido firmes na defesa das transmissões 3×10, tendo sido os últimos a aderir à tendência do 2×10.