Senador ressalta que a substituição dos carros pelas bicicletas, além de dar mais fluidez ao trânsito, traria ganhos ambientais e benefícios à saúde da população
O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) afirmou, nesta quarta-feira (9), que a questão da mobilidade urbana precisa ser pensada coletivamente e com determinação, já que este é um tema frequente nas manifestações de rua em todo o país. Raupp destacou que a lentidão do trânsito, a imprudência dos motoristas e a falta de lugar para estacionar os veículos são algumas das reclamações apontadas pela população brasileira.
Raupp lembrou que, nas duas últimas décadas, houve um aumento de 74% no número de domicílios que possuem carro e os esforços feitos pelo Poder Público não têm conseguido superar a velocidade com que novos automóveis começam a circular nas cidades brasileiras. “As vendas de veículos novos quase quintuplicaram, saltando de 712 mil unidades, em 1990, para 3,5 milhões unidades, em 2010. Acho muito bom que o brasileiro possa ter o seu automóvel, mas poderíamos conciliar também com a bicicleta”, disse o senador.
Valdir Raupp ressaltou que a substituição dos carros pelas bicicletas, além de dar mais fluidez ao trânsito, traria ganhos ambientais e benefícios à saúde da população. Entre as medidas que devem ser tomadas para incentivar essa substituição, Raupp apontou o investimento na educação dos motoristas, na expansão das ciclovias e na sua integração com os terminais de outros meios de transporte. “Tenho certeza de que o incentivo à maior utilização da bicicleta trará grandes benefícios à locomoção urbana, à saúde dos brasileiros e ao meio ambiente, concorrendo ainda para minimizar a violência do trânsito, que tem infelicitado milhões de lares brasileiros”, destacou.
O senador citou levantamento do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS) que revela que os maiores motivos que impedem a utilização da bicicleta para locomoção das cidades brasileiras são, pela ordem, as grandes distâncias a serem percorridas, o medo do trânsito, a falta de ciclovias e a falta de integração das ciclovias com outras modalidades de transporte.
Fonte: Agência Senado