24 de novembro de 2024
Na 207 Norte, carros passam sobre ciclovia com o intuito de acessar um estacionamento: concreto já está danificado - Foto: Bruno Peres/CB

Ciclovias do DF ainda não são opções viáveis de locomoção

Jornal Correio Braziliense percorreu ciclovias no Plano Piloto e no Sudoeste e constatou problemas como interrupção dos percursos, cruzamentos perigosos com ruas e o desrespeito de motoristas

Na 207 Norte, carros passam sobre ciclovia com o intuito de acessar um estacionamento: concreto já está danificado - Foto: Bruno Peres/CB
Na 207 Norte, carros passam sobre ciclovia com o intuito de acessar um estacionamento: concreto já está danificado – Foto: Bruno Peres/CB

Há muitos desafios a serem superados para que as ciclovias no Distrito Federal tornem-se opções viáveis de locomoção. Andar de bicicleta nas pistas de concreto ainda não é sinônimo de conforto e de tranquilidade para os ciclistas da capital do país. O jornal Correio Braziliense percorreu trechos dos espaços destinados às magrelas, no Plano Piloto e no Sudoeste, e encontrou uma série de problemas. “Está tudo bem e a ciclovia, de repente, some em um cruzamento movimentado. Fico na dúvida: tenho que descer da bicicleta? Posso atravessar fora da faixa? É complicado e arriscado”, desabafou o bancário Edimilson Rezende, 51 anos. A falta de informação sobre como agir nos cruzamentos das ciclovias com as ruas e o término abrupto das vias destinadas exclusivamente às bikes estão entre as queixas mais comuns dos ciclistas.

A ciclovia do Sudoeste chega ao fim sem qualquer aviso em um descampado, na altura da Quadra 100. Um enorme ponto de interrogação pintado em tinta vermelha reflete a reação dos ciclistas ao chegarem ao local. No sentido oposto, a pista segue até a altura da quadra 104, próximo à Administração do Sudoeste, e acaba novamente, sem qualquer aviso. As interrupções abruptas são comuns. “Na verdade, o que existem são várias pequenas ciclovias, e não uma pista capaz de tornar a bicicleta uma opção de locomoção. Eu moro na Asa Norte e gosto de ir ao Parque da Cidade de bicicleta. Até a altura do Brasília Shopping, é tranquilo. Mas tenho que enfrentar o Eixo Monumental cheio de carros para completar o percurso, sem qualquer sinalização”, lamentou a dona de casa Jussara Rezende, 42 anos.

Fonte: Correio Braziliense

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