Pego no dopping, ciclista australiano sugere que resultado pode ser consequência de ingestão de “comida contaminada” na China
O ciclista australiano Michael Rogers, flagrado no exame antidoping após vencer a Japan Cup em outubro, negou a utilização de clenbuterol, substância proibida pela União Ciclística Internacional – UCI. Ao ser questionado sobre o fato, Rogers sugeriu a hipótese de que esta substância teria entrado em seu organismo através de comida contaminada ingerida durante o Tour de Beijing, prova realizada na China na qual o ciclista competiu antes de ir para o Japão.
“Gostaria de deixar bem claro que eu nunca ingeri deliberadamente clenbuterol”, disse Rogers em declaração à imprensa na manhã desta sexta-feira (20).
No passado, a UCI chegou a advertir os ciclistas para que tivessem cuidado ao competir na China, uma vez que existem suspeitas do uso naquele país de drogas ilícitas para a engorda de gado.
Às vésperas de completar 33 anos, Michael Rogers estava em sua primeira temporada na equipe Tinkoff-Saxo, após passagem por equipes como T-Mobile e Sky. Além da Japan Cup este ano, Rogers foi vice no Tour da California e 6º no Critérium du Dauphiné. Em seu currículo, consta o tricampeonato mundial de Contrarrelógio (2003-2005).
Além de Michael rogers, o ciclista belga Jonathan Breyne (Crelan-Euphony) também foi flagrado com o resultado positivo para clenbuterol, em um ano marcado pelos diversos escândalos envolvendo dopping no ciclismo de estrada. Breyne foi flagrado em um exame realizado durante o Tour de Taihu Lake (China), competição a qual terminou na 8ª posição. Com apenas 22 anos, o belga era um dos novos contratados da Win-Josan Cycling Team para 2014.