‘Mostrou o revólver, engatilhou e disse: ‘Perdeu!’, lembra vítima. Veículo foi comprado havia seis meses, em 12 prestações
O sonho de ter uma boa bicicleta durou pouco para o auxiliar administrativo Robson Lemes: a dele, comprada usada há seis meses de um amigo em 12 prestações, foi levada em um assalto à mão armada em Ceilândia, no Distrito Federal, na terça-feira (28). No lugar da roubada, o ladrão deixou a bicicleta velha dele. O caso é investigado pela 23ª Delegacia de Polícia.
O assalto aconteceu às 13h, quando ele e a filha adolescente voltavam da escola, na QNN 8. “Aparentemente, não havia do que desconfiar. O cara passou do nosso lado, de bicicleta, e parou dez metros depois. Então ele a abandonou no meio-fio e veio na nossa direção. Aí levantou a blusa, mostrou o revólver, engatilhou e disse: ‘Perdeu! Passa a bicicleta!”, lembra o auxiliar administrativo.
Lemes ainda tentou resistir ao roubo, mas foi ameaçado de morte pelo ladrão. O homem diz que ficou desolado, já que passou cinco anos procurando uma forma de comprar a bicicleta, usada como meio de transporte para o trabalho e para fazer trilhas, aos fins de semana. A dele, que era projetada para montain bike, tinha 27 marchas, estrutura de alumínio e equipamentos associados. O veículo ainda não estava quitado.
Aparentemente, não havia do que desconfiar. O cara passou do nosso lado, de bicicleta, e parou dez metros depois. Então ele a abandonou no meio-fio e veio na nossa direção. Aí levantou a blusa, mostrou o revólver, engatilhou e disse: ‘Perdeu! Passa a bicicleta!”
A decepção continuou quando ele buscou socorro. “Liguei para o 190, mas ninguém apareceu em 25 minutos”, afirma. “Aí uma vizinha se ofereceu para colocar a bicicleta do cara no carro e me levar à delegacia.” A Polícia Militar informou que aguarda o registro do caso na ouvidoria, para apurar o que aconteceu.
A bicicleta velha ficou na delegacia para perícia e, atualmente, o auxiliar administrativo está usando a da filha para se locomover.
“O governador vive dizendo que vai investir em segurança. Estamos aguardando o dia em que vai vir esse investimento”, desabafou. “Isso aconteceu a 100 metros da minha casa, perto do 8º Batalhão da Polícia Militar. Estou perto, mas não posso contar com eles. E aí dizem para a gente usar bicicleta, usar ciclovia, mas não temos segurança nenhuma para isso.”
Fonte: G1