Considerada a “estrada mais perigosa do mundo”, o Camino Yungas mata anualmente, entre 200 a 300 viajantes a cada ano – incluindo nos registros 18 ciclistas mortos desde 1998.
Estes tristes dados não impedem que anualmente, centenas de ciclistas (profissionais ou não) optarem por um tipo radical de cicloturismo: serpentear as vertiginosas curvas da chamada Rota da Morte, entre as cidades de La Paz e Coroico.
Trata-se de uma estrada cercada por penhascos imensos, onde em muitos trechos não há sequer um guard-rail para impedir uma queda potencialmente fatal. Acrescente alguns riscos aos já existentes, como chuvas e nevoeiro frequentes e o risco de quedas de barreiras e você terá uma vaga ideia do que pode lhe aguardar por lá.
Para despencar ladeira abaixo nos 66 quilômetros do Camino Yugas, dois requisitos são fundamentais: saber equilibrar-se sobre uma bicicleta e ter muito espírito aventureiro para soltar os freios nos 3.400 metros de declividade que separam as duas cidades, em velocidades iguais ou superiores a 50 quilômetros por hora. Do resto, a sorte e a natureza se encarregam.
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