Segundo o GDF, ciclovias deverão facilitar o tráfego de turistas durante a Copa do Mundo
A capital federal, que está entre as dez cidades brasileiras com os maiores IDH (Índices de Desenvolvimento Humano), segundo a ONU, tem proporcionado cada vez mais qualidade de vida aos seus moradores e turistas. Como uma das sedes da Copa do Mundo, Brasília passou por diversas intervenções na infraestrutura e está pronta para receber milhares de torcedores.
As obras estruturais aconteceram em vários pontos da cidade. Uma delas foi a instalação de 15 km de ciclovias em todo o Eixo Monumental. De acordo com levantamento da Mobilize Brasil, a cidade desbanca diversas outras capitais estrangeiras no quesito ciclovias, como Copenhague (Dinamarca), Bogotá (Colômbia), Amsterdã (Holanda) e até mesmo Paris (França).
Para o arquiteto João Teófilo, que utiliza a bike ao menos quatro vezes por semana, essa é uma iniciativa aprovada: “Em cada um dos dias, ando cerca de 30 km. Saio do Cruzeiro, vou à Asa Sul, Asa Norte, UnB. É muito bom esse trabalho que está sendo feito na cidade para priorizar os ciclistas.”
Essa mudança cultural em relação ao transporte será estimulada ainda mais com a disponibilização de 400 bicicletas aos brasilienses e turistas. A iniciativa faz parte de um projeto do GDF que colocará em funcionamento, antes do Mundial, 10 estações e 100 bikes para compartilhamento. A previsão é que, até o segundo semestre, outras 30 estações e 300 veículos estejam disponíveis ao público.
Funcionamento – Esse projeto terá custo zero para o governo local, já que a empresa pernambucana Serttel, vencedora da chamada pública para instalação do sistema, captará recursos com utilização de publicidade. Já os usuários têm de pagar apenas uma taxa anual de R$ 10, descontada em cartão de débito ou crédito, e fazer um cadastro on-line, com informação do CPF, RG e endereço, em um site, que está em criação.
Quando desejar pedalar pela cidade, basta o interessado ligar para a central ou solicitar a liberação da bicicleta pela internet. Depois disso, ele tem direito a utilizar o meio de transporte por uma hora, ininterruptamente. Caso queira continuar com o veículo, ele deverá ser recolocado em uma das estações, de onde será liberado novamente após 15 minutos, sem custo. Outra opção é utilizar ininterruptamente e pagar a taxa de R$ 5 por hora excedente.
As bicicletas possuem um chip de identificação e são feitas de material resistente, com dupla camada de alumínio e um tipo de plástico, o poliestireno. Já as estações, com placas fotovoltaicas para captar energia solar, têm capacidade para dez vagas. As bicicletas são destravadas após “autorização eletrônica”, feita automaticamente pelo sistema.
O ciclista Uirá Felipe Lourenço, que faz parte da ONG Rodas da Paz, avaliou como positiva a iniciativa de disponibilizar bicicletas à população. Ele destacou os avanços ocorridos nos últimos anos e deu dicas de melhorias que podem ser adotadas para respeitar ainda mais quem optar por pedalar.
“Colocar bicicletas públicas é uma iniciativa bastante favorável. É uma atitude que pode favorecer o uso do veículo. Vejo no dia a dia que a cidade tem um grande potencial para isso, que tem tido mais ciclovias. Agora, temos de observar a questão da continuidade delas e de fiscalização, para que carros não as invadam.”
Fonte: R7