24 de novembro de 2024
Ricardo José da Cruz chegou a ser atendido no local, mas não resistiu aos ferimentos causados pela batida - Foto: Ed Alves/CB

A cada mês, dois ciclistas morrem em acidentes no DF

Ricardo José da Cruz chegou a ser atendido no local, mas não resistiu aos ferimentos causados pela batida - Foto: Ed Alves/CB
Ricardo José da Cruz chegou a ser atendido no local, mas não resistiu aos ferimentos causados pela batida – Foto: Ed Alves/CB

Desde o início do ano, o Detran contabiliza oito acidentes fatais com bicicletas nas vias do DF. Na manhã de ontem, um homem perdeu a vida na Epia

Entre janeiro e abril deste ano, pelo menos oito ciclistas morreram em acidentes no Distrito Federal. A média é de dois por mês, a mesma registrada ao longo de 2013, quando o Departamento de Trânsito (Detran) contabilizou 26 casos — o balanço do segundo quadrimestre ainda não foi fechado. Ontem, mais uma vítima entrou nessa estatística. Um ciclista morreu após ser atropelado por um carro, na DF-003, na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia).

De acordo com informações do Corpo dos Bombeiros, o acidente aconteceu por volta das 8h, na altura da Quadra 13 do Park Way, próximo à estrada de acesso ao aeroporto. Ricardo José da Cruz, 42 anos, chegou a ser atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos. A versão do motorista envolvido no caso, Ednir Cardoso, 35, é de que o ciclista andava na margem da pista, no sentido aeroporto, na contramão.

O carro, um Voyage Preto, seguia na direção contrária. De acordo com Cardoso, a vítima teria girado bruscamente e entrado com a bicicleta na frente do veículo. “Foi tão rápido que eu não consegui nem frear”, relatou. O ciclista vestia capacete e luvas, mas, segundo o Samu, também usava fones de ouvido. Quando as ambulâncias chegaram ao local, a vítima estava tendo uma parada respiratória. Os socorristas tentaram, sem sucesso, reanimar o homem por quase meia hora.

Para Renata Florentino, secretária Institucional da organização não governamental Rodas da Paz, é importante destacar que tragédias como a de ontem poderiam ser evitadas caso fossem construídas mais ciclovias. “Mortes como essa são preveníveis e não podem ser consideradas acidentes. Também não se deve responsabilizar a vítima, já que cabe ao poder público tomar uma atitude a respeito dos riscos que os ciclistas correm”, explica.

Fonte: Correio Braziliense, por Adriana Bernardes e Paloma Suertegaray

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