Protestos por número de mortos no trânsito priorizou a mobilidade urbana. Na população holandesa, 84% das pessoas têm uma ou mais bicicletas
Pedalar em Amsterdã é uma viagem no tempo. Mas também pode ser uma aventura radical. É muita gente andando de bicicleta ao mesmo tempo. Sob sol ou chuva. Tem hora que o trânsito de bicicletas fica intenso.
É preciso tomar muito cuidado nos cruzamentos. Tem trem passando, tem pedestre, tem carro, tem ônibus e tem as bicicletas. E os turistas, muitas vezes, distraídos.
O assunto é sério. Tem até embaixada holandesa de ciclismo, a Dutch Cycling Embassy. Na população, 84% das pessoas têm uma ou mais bicicletas.
Mesmo com frio, com chuva, as crianças estão nas bicicletas. Pessoas mais idosas não deixam de pedalar. Pode estar chovendo, pode estar garoando e está todo mundo na bicicleta.
“É costume, tá dentro do sangue do holandês andar de bicicleta. Muitas vezes você faz uma pequena viagem dentro de uma cidade como Amsterdã, você vai muito mais rápido de bicicleta do que com um carro. Só tem vantagem. Então, bicicleta é muito bom mesmo, só tem vantagens”, conta Peter Van Tongeren, da Dutch Cycling Embassy.
E os meios de transporte estão integrados, para garantir liberdade de ir e vir. Um dos principais estacionamentos de bicicleta em Amsterdã fica bem ao lado da estação de trem. É para 2,5 mil bicicletas. O difícil é achar uma vaga, pois está sempre muito cheio.
Alto índice de acidentes de trânsito deu o sinal de alerta
A prioridade na Holanda é a mobilidade urbana. Nem sempre foi assim. há 40 anos, o alto índice de acidentes de trânsito deu o sinal de alerta.
“Havia 3,2 mil mortos no trânsito a cada ano, entre eles muitas crianças. Porque nessa época a Holanda não tinha uma infraestrutura segura como hoje em dia. Então havia muitos protestos nas ruas, manifestações nas ruas”, explica Van Tongeren.
Fonte: Globo Repórter