O policial Matt Friedman, especializado neste tipo de crime, utiliza diariamente o Twitter para publicar as fotos de bicicletas roubadas e suspeitos de roubos. Além disso, conta com dispositivos rastreadores, que usa para localizar a propriedade roubada.
Nos dois casos, a sua armadilha são bicicletas roubadas – inclusive as “bicicletas-iscas” que recentemente foram espalhadas pela cidade para atraírem possíveis ladrões. Equipadas com tecnologia GPS, as bicicletas, cuja função é literalmente serem roubadas, são rastreadas em tempo real, possibilitando assim a localização e a detenção dos ladrões. Depois, as fotos dos bandidos são publicadas no perfil do Twitter @SFPDBikeTheft. As bicicletas-iscas são modelos caros, a fim de garantir que as pessoas que as levem sejam acusadas de um crime grave.
Um bom exemplo da eficiência do novo método aconteceu quando um ladrão levou uma bicicleta de 1.500 dólares do lado de fora de uma estação ferroviária. Em apenas 30 minutos, após rastrearem a bicicleta, Friedman e sua equipe a encontraram com o ladrão em um parque.
“Deviam ver a cara dele – ele pensou que estava a salvo”, disse Friedman, de 41 anos, portando um iPhone 5, que utilizou para fotografar o cadeado da bicicleta cortado. Ele depois publicou uma imagem no Twitter com a mensagem: Obrigado por levar mossa bicicleta-isca.
Nos últimos anos, o furto de bicicletas em San Francisco subiu vertiginosamente – até 70 por cento – de 2006 a 2012, ano em que mais de 4.000 bicicletas foram roubadas, de acordo com as últimas estimativas.
O surto de roubos se deve ao aumento do número de ciclistas e de seus sofisticados veículos de duas rodas. Essas não são as bicicletas comuns da sua infância, e sim maravilhas tecnológicas de 1.500 dólares ou mais (podendo chegar a 10.000 dólares), celebradas pelo cultura tecnológica – e dedicada à ecologia – como a fusão de um iPad com um veículo da Tesla Motors.
Bicicletas podem ser furtadas muito facilmente – de áreas externas ou de dentro de garagens – depois revendidas inteiras ou em peças. Segundo a polícia, os culpados quase sempre são viciados em drogas precisando de uma solução rápida.
No verão passado, o Conselho Supervisor de São Francisco aprovou 75.000 dólares para apoiar as campanhas locais contra esse tipo de roubo – incluindo verbas para bicicletas-iscas e para equipamentos de rastreamento – e a campanha ganhou força total este ano.
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Fonte: The New York Times