24 de novembro de 2024

Candidato à presidência, Levy Fidelix afirma: “Ciclovia não serve para transporte”

Candidato à presidência pelo PRTB afirma que o uso de faixas exclusivas para bicicletas não pode ser considerado como transporte, apenas lazer

LevyO candidato à presidência da República pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Levy Fidelix, demonstrou pouca ou nenhuma afinidade com as questões ambiental e de mobilidade urbana, ao afirmar categoricamente em entrevista ao Portal Terra, que as ciclovias “não podem ser consideradas como solução para o transporte”.

Fidelix, que ficou conhecido nacionalmente, em sua candidatura à prefeitura de São Paulo, ao propor soterrar os rios Tietê e Pinheiros para dar mais espaço aos automóveis, disse que a bicicleta só serve como fonte de lazer.

O candidato, que se diz focado na mobilidade urbana, foi questionado sobre as diversas opções para melhorar o trânsito nas cidades. Ao comentar a implantação de ciclovias em São Paulo pela administração do prefeito Fernando Haddad (PT), o candidato do PRTB disse que “bicicleta não pode ser tratada como meio de transporte de massa”. “A bicicleta não pode ser considerada meio de transporte. Deve ser considerada como lazer. É bom para o coração, para a saúde andar de bicicleta, mas é lazer”, afirmou.

Levy Fidelix, defensor intransigente do megalomaníaco projeto do Aerotrem, no qual propunha “aproveitar melhor o espaço ocupado pelos rios mortos, levantando sobre eles as estruturas de sustentação do Aerotrem, como uma espinha dorsal da cidade”. Segundo o candidato, “A revitalização é muito cara e não dá resultados. Então é uma chance de termos mais pistas para carros circularem, com o aerotrem pelo meio. De Congonhas a Cumbica sobre o Tietê-Pinheiros, sem desapropriar nada”, projetou. Segundo ele, seriam obras economicamente viáveis e também de fácil fiscalização.

O que Fidelix não disse é que, conforme denúncia da revista Veja, ele é dono da empresa Aerotrem TR, que trabalha com a implantação desse tipo de transporte, podendo ser considerado um conflito de interesse com sua candidatura. O candidato, porém, negou: “eu viajei para a Europa, fui ao exterior trazer essa empresa pra cá. Eu invisto como empresário da área de mobilidade. Se não fazem, alguém tem que fazer”, disse. “Eu não sou carreirista. Sou criativo. Um visionário”, disse.

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