O Desafio Intermodal, realizado ontem (15) em Brasília, revelou que os usuários do transporte público do DF têm razão em reclamar. O evento reuniu 22 voluntários que saíram no mesmo horário (7:37) da QE 07 do Guará I, região administrativa do Distrito Federal, até o Museu Nacional, em um percurso que variou entre 13 a 15kms de acordo com o trajeto escolhido, em diferentes modalidades. As pessoas que foram de bicicleta, chegaram antes das que optaram por fazer o trajeto de ônibus.
Para piorar, as pessoas que resolveram fazer o percurso a pé, chegaram apenas 9 minutos depois das que foram de ônibus. Como a proposta do Desafio Intermodal não é apenas avaliar o tempo gasto para se chegar ao destino final, mas também o custo monetário e a emissão de poluentes, o ônibus só ficou à frente do carro e do táxi, já que nos critérios de sustentabilidade ambiental, custo individual e custo social, são mais baratos e transportam muito mais passageiros, ajudando também a evitar congestionamentos.
O Desafio Intermodal, promovido pela ONG Rodas da Paz, ocorre sempre em um dia próximo ao Dia Mundial Sem Carro para avaliar diversos meios de transporte. A ideia, segundo os organizadores, é avaliar a eficiência de transporte em trajetos tradicionais das cidades.
“A proposta é avaliar não apenas o tempo gasto para se chegar ao destino final, mas também o custo monetário e a emissão de poluentes. Por isso, não basta chegar em primeiro lugar: o impacto ambiental e o peso do transporte no orçamento no final do mês também contam”, explicam em nota os organizadores.
Foram 13 modalidades de deslocamento avaliadas, incluindo deslocamentos mistos: Moto, Carro, Taxi, Ônibus, Metrô, Bicicleta Mountain Bike, Bicicleta Speed, Bicicleta Fixa, Bicicleta Urbana, Bicicleta Urbana + Metrô, Bicicleta Dobrável + Ônibus, Bicicleta Tandem, deslocamento a pé (corrida, incluindo um corredor descalço).
A bicicleta foi a vencedora do Desafio, levando em conta fatores como a emissão de poluentes por passageiro, a emissão de ruídos e o custo financeiro da viagem. Apesar de ter chegado em primeiro, a Moto tem maior custo, emite mais poluentes e gera maior risco ao usuário.
Com informações do R7