A cada dia que passa, os capacetes para utilização em ciclismo tornam-se cada vez mais sofisticados. Novas tecnologias de proteção, aliados a desenhos esteticamente atraentes, transformaram os capacetes, que há pouco tempo atrás eram utilizados apenas por obrigação, em objetos de desejo.
Mas para o designer australiano Tony King, o capacete por ir mais além, não apenas protegendo o seu usuário, mas também fornecendo informações importantes (e outras nem tanto!).
O Smart Hat possui um desenho diferenciado – e por que não dizer horroroso -, em cuja parte traseira abriga um dos acessórios mais controversos: uma placa de identificação do usuário, similar a uma placa de automóvel. O argumento da equipe que desenvolveu o produto é que ” além da questão da segurança, um sistema de identificação permite ao ciclista compartilhar a responsabilidade quando interagir com outros veículos e pedestres”.
Além da discutível placa, o novo capacete Smart Hat possui algumas funções que farão a alegria de qualquer fã de filmes de ficção científica.
O capacete é equipado com câmera frontal e iluminação por LEDs. Suas imagens, bem como informações sobre o trânsito, velocidade, distância percorria etc., são mostradas em um display de LCD localizado logo acima do visor. O capacete possui ainda alto falantes e sistema de navegação por satélite
O visor, retrátil, possui espelhos nas laterais que funcionam como retrovisores. Para auxiliar na condução pelo trânsito intensa das grandes cidades, o capacete está equipado com sensores de aproximação ao longo de seu diâmetro.
Não bastasse o aspeto digamos, pouco discreto do Smart Hat, o mesmo está equipado com luz noturna e brake light, além de luzes indicadores de direção, controladas através de botões localizados no guidão da bicicleta. Como item de segurança extra, uma barra diagonal, parecida com um cabresto de cavalos, funciona como uma queixeira retrátil.
Com tanto recurso disponível, até agora não há nenhuma informação fornecida sobre o peso final do capacete, que não deverá ser dos mais leves…
Uso polêmico – Embora ainda em fase apenas estudo conceitual, Tony King é bastante otimista no que diz respeito a tornar sua criação um produto real. Embora não seja um consenso entre os ciclistas, o projeto recebeu a aprovação do Conselho Local, que aprova a ideia de identificar e licenciar os ciclistas da cidade, de acordo com o jornal Daily Telegraph Australia.
“O uso obrigatório de capacete com placa seria a solução para tornar os ciclistas mais facilmente identificáveis. Toda bicicleta que é utilizada como meio de transporte deve ser registrada, como todo meio de transporte”, disse Simon Menzies, membro do Conselho Local de Sydney.
A medida é ainda mais polêmica porque, segundo o vereador, o ciclista deverá pagar pelo licenciamento: “Todo proprietário de veículo automotor é obrigado a fazê-lo. Não vejo porque com a bicicleta seria diferente”, afirma.