Eduardo Musa elogia a política de implementação de ciclovias: “Cada quilômetro instalado é mais efetivo para o setor do que a redução do IPI”
Contrariando o aumento do espaço nos noticiários e na implementação de ciclovias em várias grandes cidades do país, de acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Eduardo Musa, o mercado de bicicletas no Brasil vive um momento de retração e deve fechar o ano com queda de 10%, tanto na produção como nas vendas.
Segundo Musa, a queda na produção e nas vendas está ocorrendo pelo sexto ano consecutivo: “Ainda vivemos um momento de transformação cultural, apesar do aumento da visibilidade da bicicleta na mídia”, afirmou. “Ainda tem muita coisa a ser ajustada.”
O executivo explicou que a bicicleta foi usada durante muito tempo pessoas de baixa renda em áreas rurais como meio de transporte, que foram trocadas por motocicletas com o aumento do poder aquisitivo.
Nos últimos 20 anos, entre as vendas de veículos, a bicicleta teve uma queda de 30%, enquanto as motocicletas tiveram um aumento de 1.400%, seguido pelos automóveis, com 157%. “Ainda é necessária uma transformação cultural para efetivamente transformar bicicleta em alternativa de mobilidade urbana”, reforçou.
Musa, que é presidente da Caloi e um dos poucos empresários do setor a se posicionar contra a redução no IPI para bicicletas, elogiou a postura do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, ao implementar as ciclofaixas: “Cada quilômetro de ciclovia instalado é mais efetivo para o setor do que a redução do IPI. É o caminho certo”, afirmou.
Com informações do Diário do Grande ABC