Os organizadores da Fairview Attakwas Extreme Mountain Bike Challenge, uma competição de Mountain Bike / Marathon que será realizada no próximo dia 17 de janeiro em Oudtshoorn, África do Sul, anunciaram que darão um prêmio extra de 100 mil randes (cerca de 23 mil reais) ao atleta que completar o percurso em menos de quatro horas e meia.
A prova, que é considerada uma das mais difíceis já realizadas em solo africano, é organizada pela Dryland, a mesma empresa responsável pela Cape Pioneer.
Atualmente, o recorde da competição pertence a Urs Huber, que a completou em 4 horas e 47 minutos na edição deste ano. Para conseguir completar a prova em menos de 4 horas e meia, o atleta deverá manter uma média horária de quase 27km/h, o que aparentemente parece fácil. Porém, se levarmos em consideração as dificuldades técnicas do terreno, o prazo poderá parecer próximo do absurdo.
Henco Rademeyer, gerente de organização da Fairview Attakwas Extreme, considera o feito difícil, mas não impossível:
“Se as condições são perfeitas e não houver problemas mecânicos, (a quebra do recorde) é perfeitamente possível. Há três anos atrás acreditávamos que a marca das 5 horas nunca seria quebrada. Hoje o recorde é de 4h:47m. Creio que o tempo ainda pode ser mais reduzido”, afirma.
Os atletas inscritos estão empolgados não apenas com a possibilidade de desafiar seus limites, mas também com a premiação extra, embora a maioria encontre-se cética em relação a quebra do recorde.
Erik Kleinhans, da equipe RECM, 5º colocado na edição deste ano é um deles: “Não acredito que fazer a Fairview Attakwas Extreme em menos de 4 horas e meia seja possível. Muitas coisas podem ocorrer neste tipo de prova. Eu mesmo não consigo me ver o percurso com o tempo 20 minutos menor”.
O suíço Christoph Sauser, vice-campeão em 2014 e especialista neste tipo de prova também se mostra incrédulo quanto as possibilidades. “Sempre é possível reduzir os tempos, mas 4h:30m? Vai ser muito difícil. Creio que na melhor das hipóteses, com as melhores condições possíveis possamos chegar, no máximo aos 4h:40m”, disse.
Dificuldades – A competição, que reuniu cerca de 1.200 atletas de todo o mundo em sua última edição, possui um percurso de 121km, distribuídos em um total de 2.900 metros de ascensão vertical, tornando-se um verdadeiro desafio pessoal para cada competidor. O clima inóspito e quente, que pode chegar facilmente aos 40 graus no mês da prova, aliado ao terreno acidentado e técnico, contribui para um alto índice de desistências, mesmo entre ciclistas de ponta.
Não bastasse isto tudo, os últimos 40km da prova costumam contar com um vento contrário capaz de literalmente grudar as bicicletas no chão!