Breno Bizinoto foi o único brasileiro a participar da Mongolia Bike Challenge, pedalando 900 km em sete dias
Ser um atleta de mountain bike não é para qualquer um. Treinamento especializado, dedicação, talento e muito controle psicológico. Imagine, então, tudo isso potencializado em uma competição que dura 24 horas consecutivas. Pois é esse o desafio do mineiro Breno Bizinoto, que se prepara para a disputa das 24 Horas Brasil Ride de MTB, que acontece no próximo dia 28 de fevereiro.A disputa não chega a ser exatamente uma novidade para ele, que já disputou provas como as 24H da Austrália e no ano passado teve um desafio diferente: foi o único brasileiro no Mongolia Bike Challenge, em que pedalou 900 km durante sete dias de disputa.
“Pedalar por 24 horas desafia principalmente o psicológico de cada atleta. Estar bem preparado fisicamente deixa de ser suficiente, pois após uma diversidade de fatores que são incomuns na vida do atleta, como passar uma noite em claro, por exemplo, a mente começa a controlar a situação de forma totalitária”, explica Breno.
Superação – Para o atleta mineiro, três fatores têm importância fundamental para se dar bem em uma prova como essa: alimentação, preparação psicológica e o conforto da bike. Para ele, qualquer situação desconfortável em um destes três aspectos podem ser determinantes para eliminar qualquer candidato favorito.
“Você pode até aguentar lidar com a fome, com pensamentos negativos e com dores pelo corpo. Mas não consegue fazer isso por 24 horas consecutivas”, comentou.
Favoritismo – Um dos poucos brasileiros do mountain bike que já disputou uma prova de 24 horas na categoria Solo (sem revezamento), Breno é apontado como um dos favoritos ao título da etapa do Brasil Ride. A preparação dele para a prova envolveu muita dedicação – e agora está na fase que os preparadores chamam de polimento.
“Os treinos chegaram até a 9 horas de duração em um dia, o que parece pouco comparado com o que iremos percorrer na prova, mas é a melhor recomendação dos fisiologistas do exercício atualmente. Faltando apenas dez dias para a prova não existem mais treinos específicos. Agora o corpo descansa, e a cabeça acostuma com a ideia da prova”, comenta.