Plano Cicloviário da capital paranaense prevê a implantação de ciclorrotas, ciclovias, ciclofaixas, passeios compartilhados e vias calmas. A escolha da implantação depende das características da região
Ciclistas do projeto Pedala Curitiba e o prefeito Gustavo Fruet percorreram de bicicleta, na tarde deste sábado (14), parte do trajeto da primeira ciclorrota sinalizada da cidade, que liga o bairro Portão à Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), no bairro Prado Velho, e à Avenida Comendador Franco (Avenida das Torres).Eles partiram do Largo Jacó Stofella, esquina com a Avenida Água Verde. O prefeito Gustavo Fruet destacou que a importância da ciclorrota é compartilhar o espaço sem que o carro, a moto e ou a bicicleta percam uma faixa, sendo um incentivo à integração dos modais.
“Utilizar as vias de forma civilizada é um processo que leva gerações e é o grande desafio. Nenhuma cidade mudou hábitos da noite para o dia. A ideia é compartilhar e mostrar que o espaço público não pode ser exclusivo de um modal”, disse o prefeito.
A ciclorrota Portão-PUC tem um trecho de 6,2 quilômetros de vias compartilhadas por carros e bicicletas, com velocidade máxima permitida de 30 quilômetros por hora (Km/h). Círculos azuis com o emblema de bicicleta, delimitam o trecho e identificam a ciclorrota.
“Faz pouco tempo que pedalo e a ciclorrota é uma boa iniciativa. Uma das preocupações para transitar de bicicleta é a segurança, devido ao grande número de carros nas ruas. É uma ideia bem bacana,” disse Marli Trindade Steinhaus e seu filho Eduardo, de 11 anos, que participaram do Pedala e aprovaram a ciclorrota. “Gosto bastante de andar de bike por esporte e também junto com a família. Com a ciclorrota fica bem mais seguro para andar”, disse Eduardo Trindade Steinhaus.
Para Lissandra Silva santos, de 20 anos, a ciclorrota é um incentivo para os ciclistas. “Sempre passeio de bike, mas perto de casa e a lazer. Achei a ciclorrota superlegal e segura”
A ciclorrota é uma das alternativas implantadas pela Prefeitura de Curitiba para oferecer um número cada vez maior de quilômetros de vias cicláveis na cidade. Tem por objetivo legitimar o direito de circulação das bicicletas nas vias.
O Plano Cicloviário de Curitiba prevê a implantação de ciclorrotas, além de ciclovias, ciclofaixas, passeios compartilhados e vias calmas. A escolha da implantação depende das características da região.
O presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), Sergio Pires, ressalta que a implantação desta primeira ciclorrota representa mais um passo na consolidação do Plano Cicloviário. “A determinação do prefeito Gustavo Fruet é transformar Curitiba em uma cidade mais humanizada, mais participativa e a ciclorrota é mais um exemplo. Já começamos com a via calma na Sete de Setembro que é um sucesso. O importante é dar alternativas para que as pessoas possam transitar e curtir Curitiba de uma maneira melhor e mais segura”, disse.
Rota – A ciclorrota Portão-PUC tem o seguinte trajeto, em mão dupla: início no cruzamento da Avenida República Argentina com a Rua Morretes, seguindo pelas ruas Amazonas, Paranaguá, Pará, São Paulo, Otávio Francisco Dias, Madre Maria dos Anjos e Baltazar Carrasco dos Reis. Da Baltazar Carrasco dos Reis, a ciclorrota segue por dois caminhos: pela Rua Imaculada Conceição, em uma ciclofaixa de 300 metros até a entrada da PUCPR; e até a ciclovia da Avenida Comendador Franco.
A ciclorrota inaugurada faz conexão com outras infraestruturas cicloviárias já existentes em Curitiba, formando uma rede de vias cicláveis com a Rua Conselheiro Laurindo, Rua João Negrão, Rua Pedro de Toledo, Avenida Comendador Franco, Rua Engenheiros Rebouças, Avenida Getúlio Vargas, Rua Alexandre Gutierrez, Avenida Sete de Setembro, Rua Mariano Torres e Avenida Dario Lopes dos Santos.
Outros trechos de ciclorrotas estão em fase de projeto no Ippuc e deverão ser implantados em breve na cidade.