Mais experientes da equipe, Rubinho e Raiza chegaram com antecedência à Colômbia, na sexta-feira (20), para aprimorar a aclimatação. Ambos almejam os 200 pontos ofertados aos campeões nos rankings da UCI (União Ciclística Internacional). “Tanto a CIMTB em Araxá (MG) quanto o Campeonato Pan-Americano são as principais provas do semestre e sabemos a importância de um bom resultado”, conta Rubinho. “Sabendo que estamos nos adaptando à altitude, os primeiros treinos foram leves, mas depois apertamos o ritmo. Tive muita dor de cabeça, mas a adaptação está boa e espero estar 100% até domingo”, completa.
Os dois atletas vêm de boa participação na Copa Internacional de MTB, no início do mês, em Araxá. Ambos ficaram em terceiro lugar e somaram 130 pontos nos rankings mundiais. Em seu décimo Campeonato Pan-Americano, Rubinho tem como melhores resultados uma prata na Guatemala e um bronze no México. Raiza, em seu segundo ano na elite, é bicampeã sub-23 (2012 e 2013) e se destacou em 2014 como melhor brasileira, completando o Pan de Barbacena (MG) em nono lugar.
Além de enfrentar os melhores atletas do continente, a dupla coloca a altitude como fator a ser superado. “Estar acostumado à altitude faz diferença porque o percurso é muito duro. Quem estiver com as pernas leves e bem psicologicamente, irá se destacar. Vou tentar esquecer as adversárias e focar na minha prova, para obter o melhor resultado”, define Raiza. “É uma das principais provas do ano. O nível dos atletas é sempre alto. Temos quatro ciclistas muito bem preparadas do México, Canadá e EUA, sem esquecer das colombianas, acostumadas à altitude, assim como equatorianas. Claro que também há adversárias fortes entre brasileiras e argentinas”, avalia Raiza.
Primeira competição fora do Brasil – Enquanto Zé Gabriel parte para a segunda participação em Pan-Americanos, Sofia Subtil faz sua estreia. Em comum, ambos nunca disputaram a competição fora do Brasil. “Em 2013 iria participar do Pan na Argentina, mas quebrei o pé durante os treinos, e no ano seguinte competi em Barbacena. Assisti à alguns vídeos e aqui pude conferir que a pista é muito dura. Subidas técnicas, a maioria difíceis e íngremes, sem contar a altitude e o clima seco”, conta Zé Gabriel, que enaltece o apoio da equipe. “A estrutura da AOO Specialized é ótima. Temos mecânico, o Renato, e nosso manager, o Flávio, além do apoio da Specialized Colômbia. Igual ao Brasil, o que é gratificante”, comemora.
Além de seu primeiro Pan, Sofia estreia em provas no exterior. “Ainda não conheço bem as adversárias, mas já fui informada que não terei vida fácil. Atletas de Canadá, EUA, Chile, Equador e Colômbia prometem dar trabalho. Treinei na pista e já vi que é duríssima. Exige muita técnica e força. A altitude também influencia. Fiquei ofegante e com o coração disparado quando cheguei”, completa Sofia.
AOO Specialized na júnior – Assim como Sofia, Ellen fará sua estreia em provas fora do País. “Achei que seria mais fácil a adaptação à altitude, mas não foi como imaginava. A pista então, é bem diferente do que vi nos vídeos. Muito mais difícil. O apoio da equipe, assim como as dicas de meus companheiros, serão importantes para eu atingir um bom resultado”, conta Ellen. Na mesma categoria, Érick chega à Colômbia confiante, após o vice-campeonato na Copa Lippi, no Chile.
Mais um estreante – Lucas também fará em Cota sua primeira fora do País, tendo competido no Pan do Brasil, no ano passado. Apesar de não conhecer seus rivais, o ciclista promete empenho. “Preparei-me para a prova e estou me sentindo bem fisicamente. Não conheço os rivais porque são poucas as provas no continente na minha categoria, mas vou lutar por um lugar no pódio e tentar garantir a medalha para minha equipe”, espera Lucas.