Após políticas de desestímulo ao uso de carros, mobilidade na capital holandesa se tornou referência mundial
O bom modelo da cidade foi debatido durante o III Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável, ocorrido semana passada, em Brasília (DF).
Em Amsterdã, a elaboração do plano local de mobilidade se deu a partir da integração das secretarias de Transportes, Habitação e Meio Ambiente. Essa iniciativa facilitou o planejamento público, principalmente em relação à limitação dos carros sobre outros meios e à melhoria do transporte público, além do aumento do número de deslocamentos a pé e de bicicleta.
Após fortes políticas de desestímulo ao uso dos veículos motorizados, além do crescimento do número de ciclistas, a cidade teve redução tanto no uso dos automóveis quanto no do transporte público, que é o mais preferido entre os turistas. As políticas para os automóveis são rígidas: para sair de casa de carro e parar em um estacionamento, o motorista paga, em média, cinco euros por hora.
Por isso, em Amsterdã, as pessoas costumam ir trabalhar de bicicleta. Diariamente, são 2,2 milhões de quilômetros trafegados na cidade, que contabiliza três mil estacionamentos para bicicletas. Em alguns casos, eles possuem até três andares. Nas escolas, a cultura do ciclismo é disseminada desde a infância. As crianças fazem provas práticas de condução do transporte sobre duas rodas.
“Se você quer ser uma cidade sustentável, tem que apostar em mobilidade urbana. Amsterdã optou por bicicletas e não por carros. É muito difícil uma cidade ser evoluída se o uso do automóvel não for desencorajado”, acredita a representante do governo holandês Petra Delsing. A velocidade média de tráfego na cidade é de 15 km/h, seja de trem, carro ou bicicleta.
Fonte: Agência CNT de Notícias, por Evie Gonçalves