Rodrigo Rollemberg aceita convite de ciclistas de Brasília e pedala da Asa Sul até a sede do governo
Durante 45 minutos, o governador do DF vivenciou um dia de trabalhador ciclista nesta sexta-feira (8). A convite de organizações não governamentais, Rodrigo Rollemberg fez o trajeto de 6,9 quilômetros entre a Quadra 206 da Asa Sul, onde mora a mãe dele, Teresa Rollemberg, e o Palácio do Buriti. A iniciativa fez parte do Dia de Bike ao Trabalho, mobilização nacional capitaneada pelo movimento Bike Anjo.A ideia foi mostrar ao governador as condições do percurso e como anda o convívio entre quem usa carro e quem usa bicicleta. “Precisamos criar uma cultura de respeito ao ciclista. Além disso, garantir segurança nas vias para estimular as pessoas a deixarem seus veículos em casa. De maneira prática, é fundamental melhorar a qualidade das calçadas e adequar o compartilhamento das pistas”, avalia Rollemberg.
Acompanhado do secretário de Mobilidade, Carlos Tomé, do administrador regional do Plano Piloto, Igor Tokarski, e de outros representantes do governo de Brasília, o chefe do Executivo local partiu da Quadra 206 pela via L1 e chegou à Estação 102 Sul do metrô, onde desmontou e seguiu a pé para atravessar o Eixão. Posteriormente subiu pelo Setor de Rádio e TV Sul até a via W4, de onde pedalou rumo à ciclovia que corta o Centro de Convenções Ulysses Guimarães até o Palácio do Buriti.
Vida sobre duas rodas – Maio é o mês mundial de incentivo ao uso da bicicleta. No Brasil, cidades como Belém (PA), Ubatuba (SP) e Recife (PE) são destaques em relação ao uso desse meio de transporte, principalmente para a ida ao trabalho. “Brasília caminha a passos largos para chegar ao patamar desses lugares. Vivemos em um lugar plano, que favorece a pedalada. Falta adequar vias, aumentar a malha cicloviária e realizar mais campanhas educativas, mas já somos uma cidade que pedala”, analisa o voluntário do Bike Anjo Yurie Baptista, de 30 anos.
O DF conta atualmente com cerca de 450 quilômetros de ciclovia construída, mas a meta é atingir 659 quilômetros nos próximos quatro anos. “O mais importante não é a quantidade, mas a qualidade desses espaços e a localização geográfica, para que atendam às necessidades dos usuários”, explica o secretário de Mobilidade, Carlos Tomé.
Para a coordenadora-geral da Rodas da Paz, Renata Florentino, colocar autoridades para vivenciar essa experiência é, ao mesmo tempo, pensar políticas públicas para desafogar o trânsito e criar mecanismos de preservação da natureza. “Uma bicicleta a mais na rua é um carro a menos. Menos carros são mais espaços livres, menos engarrafamentos e eliminação da poluição”, justifica.
Para quem quer começar – O grupo Bike Anjo ajuda quem pretende iniciar o uso da bicicleta, seja ensinando a dar as primeiras pedaladas, seja acompanhando o ciclista em algum trajeto para ajudar a escolher as melhores rotas.
Interessados de qualquer idade podem agendar com um dos mais de mil voluntários em todo o Brasil por meio do site da instituição. Também é possível acompanhar uma das oficinas ministradas pela rede de ciclistas, sempre no último domingo de cada mês, às 15 horas, na Praça do Compromisso, Entrequadra 703/704 da Asa Sul.
Fonte: Agência Brasília