Novo capacete para uso urbano utiliza um novo tipo de espuma que se transforma em composto orgânico após ser descartado
Como todos nós sabemos, todo capacete de ciclismo possui uma vida útil. Mesmo que ele nunca tenha sido colocado à prova em algum tipo de acidente, a exposição prolongada ao sol, aliada a fatores como o suor do corpo e o desgaste natural pelo uso fazem com que a vida útil de um capacete seja, entre três a cinco anos.Mas o que fazer com estes capacetes jogados no lixo, já que sua principal matéria-prima, a espuma de Poliestireno Expandido leva no mínimo 150 anos para ser degradado?
Consciente do problema, um dos maiores fabricantes de capacete para ciclismo do mundo, a Giro, criou o Silo, o primeiro capacete do mundo construído a partir de um novo tipo de espuma compostável e reciclável, produzida a partir de vegetais.
Desenvolvido para uso urbano, o novo capacete Silo substitui a tradicional espuma de Poliestireno Expandido (EPS, sigla em inglês) pelo EPLA, um novo tipo de espuma derivada de plantas como a cana de açúcar e milho.
Embora o material já tenha sido utilizado em outras áreas da indústria, foram necessários alguns anos de pesquisa e desenvolvimento para que o Giro Silo chegasse a sua forma final.
Com características de absorção de impacto similares aos capacetes construídos em EPS, o Giro Silo, assim como todos os capacetes deste fabricante, possui a certificação de segurança da CPSC (Consumer Product Safety Commission), o INMETRO dos Estados Unidos.
A grande diferença entre o Silo e os outros capacetes está na hora de sua ‘aposentadoria’. A estrutura externa, em ABS, é desmontável e reciclável, assim como suas almofadas. Já os tirantes (feitos com fibra de coco) e a espuma interna não apenas são recicláveis como também biodegradáveis e seu descarte culmina na degradação dos resíduos por bactérias e sua posterior transformação em composto orgânico.
De acordo com o porta-voz da Giro, Mark Riedy, o desenvolvimento do novo Silo marca uma nova era na fabricação de capacetes para ciclismo. “O Silo é o primeiro capacete feito em EPLA, mas não o último. Nossa intenção é gradativamente aumentar sua produção em detrimento do EPS. Entretanto, essa troca deverá ser feita de forma gradual, jé que envolve desafios de produção”, disse Riedy por ocasião da apresentação do Giro Silo na feira Interbike.