Empresa responsável pela construção encontra-se em processo de concordata e anuncia que não possui condições de terminar os 20% restantes da obra
Menos de uma semana após o presidente da UCI ter demonstrado em público sua preocupação com os constantes atrasos na conclusão do velódromo das Olimpíadas Rio 2016, a Tecnosolo, empresa responsável pela construção, anunciou que não possui condições de prosseguir à frente do empreendimento e que passará a subcontratar uma outra construtora para terminar os 20% restantes da obra.
Atualmente, a Tecnosolo encontra-se em processo de concordata recuperação judicial. Em janeiro deste ano a empresa já havia sido notificada pela RioUrbe, órgão da prefeitura que fiscaliza o andamento das obras, pelos “constantes descumprimentos de prazos” em pontos do cronograma como a “fabricação de pré-moldados, a mobilização de pessoal para frentes da obra já abertas e a entrega e revisão dos produtos semanais do planejamento”.
Com a mudança da responsável pela obra, o evento teste de Ciclismo de Pista, que já sofreu dois adiamentos, corre o risco de simplesmente não ocorrer.
Segundo a prefeitura do Rio, optou-se por não romper o contrato com a Tecnosolo, pois a opção teria “efeito devastador sobre a empresa, que provavelmente fecharia as portas em caso de rompimento unilateral”. Já a empresa não quis se pronunciar sobre os atrasos nas obras e a desistência do projeto, dizendo que apenas a prefeitura daria explicações sobre o caso.
A partir de agora, obra será concluída pela Engetécnica, empresa subcontratada pela Tecnosolo, que contará para isto com o dinheiro de um termo aditivo de R$ 24,9 milhões, aprovado em dezembro, que fez com que o velódromo, originalmente orçado em R$ 118 milhões, passe a custar R$ 143 milhões.
O juiz responsável pela recuperação judicial da Tecnosolo determinou que R$ 15 milhões do orçamento da obra ficassem reservados para o pagamento de fornecedores, que agora são credores da empreiteira..