21 de novembro de 2024

Ciclista flagrada com motor em bicicleta desiste de defesa e abandona o esporte

Femke Van den Driessche alegou que os custos do processo, aliados a uma remota possibilidade de absolvição a fizeram optar pela aceitação das sanções impostas, que incluem seu banimento das competições

A ciclista belga Femke Van den Driessche, flagrada no primeiro caso comprovado de fraude tecnológica da história do Ciclismo, anunciou que desistiu de se defender junto à comissão disciplinar da entidade. Femke alegou que os elevados custos de um provável processo jurídico, aliado a uma remota possibilidade de absolvição a fizeram optar pela desistência e a aceitação das sanções impostas, que incluem seu banimento das competições.

“Após consultar meus advogados e minha família, optamos por desistir de minha defesa e abandonar o ciclismo profissional”, disse Femke em entrevista coletiva.

“Os custos financeiros do julgamento na Suíça seriam muito elevados para mim e a possibilidade de absolvição são praticamente nulos. Não tenho como continuar”.

“Gostaria de agradecer a todos que me apoiaram e continuam me apoiando, meus advogados, amigos e minha família. Tudo que quero agora é continuar minha vida em paz e serenidade e espero que as pessoas possam compreender isto e respeitar minha decisão”, disse.

Foto: P. Van Hoorebeke / CX Magazine
Foto: P. Van Hoorebeke / CX Magazine

Entenda o caso – Considerada uma das maiores revelações do ciclocross na categoria Sub-23, a ciclista belga Femke Van den Driessche foi flagrada durante o campeonato mundial da modalidade, quando inspetores da UCI encontraram um pequeno motor escondido dentro do quadro de sua bicicleta.

Logo após o flagrante, Femke, de 19 anos, defendeu-se da acusação com uma justificativa no mínimo inusitada, alegando que a bicicleta flagrada pertencia a um amigo e que teria sido confundida pelo mecânico de sua equipe que a trocou por engano momentos antes da prova.

O caso foi entregue à comissão disciplinar da UCI em fevereiro, que deliberou por uma dura sentença: o banimento perpétuo e uma multa, ainda por ser estipulada, entre 20 a 200 mil euros.

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