Investigação da procuradoria italiana revela que a Camorra teria sido responsável por alterar resultado de teste anti-doping que resultou na expulsão do Pirata do Giro d’Italia 1999
O jornal italiano La Gazzetta dello Sport divulgou ontem (14) que uma investigação da Procuradoria de Forli indica que a Camorra, organização criminosa italiana, teria sido responsável por forjar um falso positivo de doping contra Marco Pantani que culminou com a sua expulsão do ciclista do Giro d’Italia em 1999.De acordo com a reportagem, Sergio Sottani, chefe da investigação da Procuradoria, um membro da Máfia teria ameaçado o médico responsável pelos exames anti-doping e forçando-o a alterar o resultado dos testes.
Sottani explica que tudo teria ocorrido no dia 5 de junho de 1999, no Hotel Touring, em Maddona di Campiglio, antes da penúltima etapa do Giro, quando o ciclista italiano foi expulso após ter apresentado em seu exame um nível de glóbulos vermelhos superior aos 50% permitidos pela União Ciclística Internacional (UCI).
Segundo a investigação, a máfia napolitana entrou em ação porque seus integrantes apostaram pesadamente nos adversários de Pantani, se beneficiando do resultado do falso positivo.
Agora, à luz dos novos fatos, advogados da família Pantani já trabalham para reabrir o caso, ainda que o mesmo já tenha prescrito.