Levantamento realizadopelo portal Mobilize mostrou que em dois anos a rede de ciclovias e ciclofaixas de 19 capitais avançou cerca de 21%. Mas há cidades que ‘perderam’ alguns quilômetros
Uma pesquisa realizada esta semana pelo portal especializado em mobilidade urbana Mobilize concluiu que no período de dois anos, a malha cicloviária de 19 capitais brasileiras teve um crescimento de 543 quilômetros.O levantamento realizado esta semana a partir de consultas a prefeituras dessas cidades constatou que em 2015, a extensão da rede cicloviária totalizava 2.089,8 km. Passados dois anos, ciclovias e ciclofaixas construídas somam agora 2.526,61 km. A capital que apresentou o maior crescimento na extensão de vias exclusivas para bicicletas foi São Paulo, com um total de 468 km. Logo em seguida, vêm as cidades do Rio de Janeiro e Brasília, com 450 km e 420 km, respectivamente.
De acordo com o Mobilize, em números absolutos as cidades com mais quilômetros construídos em suas redes cicloviárias no período de dois anos, foram São Paulo (+ 202,5 km), Fortaleza (+ 81,6 km), Rio de Janeiro (+ 76 km), Salvador (+ 31,9 km) e Rio Branco (+ 29 km).
Cidade | 2017 | 2015 |
São Paulo | 468 | 265,5 |
Rio de Janeiro | 450 | 374 |
Brasília | 420 | 440 |
Belo Horizonte | 87,4 | 70,4 |
Curitiba | 190,4 | 181 |
Porto Alegre | 44,6 | 21 |
Belém | 88,4 | 71,9 |
Vitória | 47 | 47 |
Fortaleza | 198 | 116,4 |
Aracaju | 67,02 | 56 |
Rio Branco | 103 | 74 |
Recife | 41,6 | 30,6 |
João Pessoa | 40,7 | 50 |
Teresina | 41,86 | 75 |
Campo Grande | 80,83 | 90 |
Salvador | 85,9 | 27 |
Manaus | 6,9 | 6 |
Cuiabá | 24 | 37 |
Florianópolis | 41 | 57 |
Total | 2.526,61 | 2.089,8 |
O portal destaca que no levantamento foi considerado dois tipos de estrutura – ciclovias e ciclofaixas -, deixando de fora instalações não exclusivas para bicicletas como as ciclo-rotas, ou de caráter esporádico, como as ciclofaixas de lazer. Outra percepção que se fez evidente na pesquisa foi a falta de precisão das informações sobre a extensão dessa infraestrutura: algumas cidades “perderam ciclovias”, a julgar pelos dados numéricos informados, inferiores aos de 2015.