24 de novembro de 2024

13 dúvidas sobre o grupo XX1 SRAM Eagle (e suas respectivas respostas)

Desde que surgiram em março de 2016, os grupos SRAM XX1 Eagle e X01 Eagle, primeiros sistemas de transmissão de 12 velocidades e coroa única para bicicletas, tornaram-se o objeto de desejo de todo praticante de mountain bike graças à sua simplicidade de uso, baixo peso e alto rendimento nas trilhas.

Desenvolvido para utilização em XC competitivo, o SRAM Eagle combina a tecnologia SRAM de transmissão de coroa única com uma relação de nada menos que 500% entre seu pinhão menor e maior do cassete, tornando a troca de marchas mais descomplicada, rápida e intuitiva.

Selecionamos algumas das principais dúvidas sobre esses incríveis para que você possa conhecer mais sobre os mesmos:

Que tipo de bicicleta é compatível com grupos de 1 x 12 velocidades?

Praticamente qualquer modelo de bicicleta MTB pode ter o grupo SRAM Eagle instalado, desde que a roda traseira possua cubo compatível com o núcleo especial XD, componente necessário para a instalação de cassetes de 11 e de 12 velocidades. O grupo é compatível com todos os tipos de conjunto pedivela/movimento central nos padrões GXP, Press Fit GXP, BB30, PF30 e BB92.

O pedivela SRAM Eagle é compatível com movimentos centrais Shimano?

Não. Embora o eixo do pedivela Shimano possua os mesmos 24mm de diâmetro dos pedivelas SRAM, a extremidade deste último é 2mm menor, obrigando a instalação de um movimento central SRAM GPX.

Quais tamanhos de coroa posso utilizar?

Vai depender do seu gosto pessoal e condicionamento físico. Caso você esteja migrando de um grupo de 1 x 11 velocidades para o Eagle, uma boa opção é utilizar uma coroa com dois a quatro dentes a mais. A SRAM disponibiliza coroas Eagle com opções de 32 a 38 dentes.

Posso utilizar uma coroa de 28 dentes SRAM Direct Mount?

Embora tecnicamente seja possível, o design dos dentes das coroas X-Glide é ligeiramente diferente do X-Glide 2 utilizado pelo Eagle, o que irá resultar em um funcionamento mais ruidoso e um desgaste mais prematuro tanto da coroa quanto da corrente. 

Posso manter meu pedivela SRAM GX de 1 x 11 para ser utilizado com o resto dos componentes Eagle?

Pode funcionar, embora não seja recomendado pela SRAM. O entalhamento da coroa Eagle não se acopla de forma perfeita em componentes de 11 velocidades, o que provoca um funcionamento deficiente, ruídos e desgaste prematuro.

Posso utilizar uma corrente de 11 velocidades?

De forma alguma! O sistema X-Glide 2 foi desenhado para um trabalho em conjunto entre a corrente, coroa e cassete. Uma corrente de um grupo de 11 velocidades resultará em falha na troca de marchas, ruído e desgaste dos componentes. Além disso, apenas a corrente Eagle possui flexibilidade suficiente para ser utilizada em um cassete com pinhão de 50 dentes.

O Eagle é mais pesado do que grupos de 1 x 11 velocidades?

Sim. Seu peso total é de 1.466 gramas, 50 gramas a mais que um grupo equivalente de 1 x 11 velocidades.

Qual a autonomia de uso de uma corrente SRAM Eagle?

Vai depender de uma série de fatores como tipo de uso, condições meteorológicas, manutenção e lubrificação correta. Via de regra, a faixa entre 1.500 e 2.000 quilômetros é uma boa estimativa de uso e serve como referência para avaliar seu estado e possível troca.

A transmissão Eagle requer algum tipo de manutenção especial?

Não, apenas a habitual de qualquer transmissão. Limpar e lubrificar a corrente com frequência, preferencialmente após cada pedalada. Utilize uma gota de óleo em cada elo da corrente, retirando o excesso com um pano seco que não solte fiapos. Evite misturar dois tipos de lubrificante

O uso de um pinhão de 50 dentes pode aumentar o estresse e o esforço de trabalho do cubo ou da roda?

Não. Por incrível que possa parecer, a força torcional exercida pelos pinhões menores é três vezes maior que no pinhão maior. De fato, é praticamente impossível gerar uma grande potência em watts, já que nesta combinação, a relação de transmissão é curta e a velocidade na subida é lenta.

O uso de uma relação tão ampla pode gerar um salto na cadência durante as trocas de marcha?

O cassete SRAM Eagle apresenta um dos mais amplos espectro de velocidades entre transmissões de coroa única, passando de 10 para 50 dentes entre suas 12 velocidades. Via de regra, a mudança de marcha mais perceptiva ocorre entre os pinhões de 42 e 50, onde há uma diferença de 8 dentes entre eles. Já nos pinhões de alta velocidade, a diferença e de apenas dois a três dentes de diferença, similar ao que ocorre em outros cassetes de Mountain Bike. 

É necessário um cubo traseiro no padrão Boost para instalar um grupo Eagle?

O cassete de 12 velocidades do SRAM Eagle é mais largo do que um de 11, ainda que ambos utilizem o mesmo núcleo XD. Isto acontece porque o pinhão maior é ligeiramente côncavo, encaixando no resto do cassete com o ângulo dos raios. Esta maior largura tem seu funcionamento otimizado no conceito Boost, que utiliza a medida 12 x 148 mm), embora possa também ser utilizado com eixos de 142 mm. Os pedivelas Eagle possuem igualmente tanto uma chainline específica para Boost (52 mm), quanto para transmissões não Boost de 49mm.

Quanto custa um grupo SRAM Eagle?

No mercado brasileiro, o preço médio do grupo SRAM XX1 Eagle é de 7.500 reais, incluindo o cassete, corrente, trocador de marcha e pedivela. Já a versão mais ‘econômica’ X01 Eagle pode ser adquirida no Brasil ao custo médio de 6 mil reais.

Tecnologias empregadas nos grupos SRAM XX1 e X01 Eagle

X-Glide 2: Segunda geração da tecnologia X-Glide de desenho dos dentes da coroa. Desenvolvida especificamente para o grupo SRAM Eagle, Permite a troca de marchas mais suave, rápida e precisa.

Flow Link: Design das placas internas da corrente, mais arredondado, que reduz a fricção e o desgaste.

Hard Chrome: Acabamento anodizado das placas e elos da corrente, que reduz o atrito e contribui para um aumento de sua durabilidade em até 4 vezes.

Carbon tuned: Tecnologia proprietária de construção em camadas de fibra de carbono nas áreas de maior estresse dos componentes, que aumenta a resistência e a rigidez dos mesmos sem adição perceptiva de peso.

X-Sync 2: Evolução da tecnologia X-Sync de transmissão 1x, é caracterizada por um design diferenciado dos dentes da coroa, mais altos e agressivos, o que otimiza a retenção da corrente sem aumentar a fricção e o desgaste.

X-Horizon: Design exclusivo do câmbio traseiro que limita seu movimento apenas na horizontal, o que mantém a polia guia (superior) sempre na mesma distância em relação aos pinhões do cassete, o que resulta em trocas de marchas mais suaves e efetivas.

Roller Bearing Clutch: A caixa de polias do câmbio traseiro utiliza uma embreagem especial que mantém sua estabilidade mesmo nos terrenos mais acidentados, evitando a movimentação excessiva da corrente, o que reduz o risco de descarrilamento acidental da mesma e aumenta a precisão da troca de marchas.

Cage Lock: Botão de bloqueio da caixa de polias que, uma vez acionado mantém a corrente tensionada, facilitando a instalação e a retirada da roda traseira.

X-Actuation: Design interno do trocador de marcha Trigger, que favorece trocas de marchas mais rápidas, precisas e constantes em todos os pinhões do cassete.

Speed Metal: Tecnologia empregada no trocador de marcha Grip Shift, que utiliza mecanismo interno metálico para aumento de precisão e durabilidade.

X-Dome: 11 dos 12 pinhões do cassete são esculpidos de um mesmo bloco de aço mediante o torneamento por CNC Comando numérico computadorizado ou Computer Numeric Control, em inglês). O pinhão maior, em liga de alumínio, é adicionado posteriormente.

XD – Desenho de núcleo específico para os cassetes X-Dome, que permite o uso de um cassete com pinhão pequeno de 10 dentes e uma conexão mais estável com o cubo traseiro. 

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