Como parte das ações, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, inaugurou um dos cinco novos pontos com 50 bikes compartilhadas na UnB
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, lançou na manhã desta desta quarta-feira (9) o programa +Bike, plano de ciclomobilidade que inclui, entre outras ações, a ampliação de ciclovias, integração da bicicleta com outros transportes e uma maior oferta de bicicletas públicas compartilhadas. A solenidade ocorreu no auditório do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB).A estratégia — que integra o programa Circula Brasília — pretende resolver o principal problema da ciclomobilidade no DF, a descontinuidade entre as ciclovias da cidade, que não se comunicam entre si. O objetivo, segundo o GDF, é conectá-las e criar uma rede integrada para facilitar o deslocamento dos ciclistas.
Diversas medidas serão articuladas para esse fim, que incluem o aumento no número de ciclovias, a instalação de bicicletários nos terminais de ônibus e um novo sistema de compartilhamento de bicicletas integradas ao BRT.
O investimento será de R$ 20 milhões, sem contar os valores aplicados em 72 quilômetros de projetos já em andamento, como a ciclovia da Estrada Parque Taguatinga (EPTG), a do Lago Oeste, a do Trevo de Triagem Norte e a da Ligação Torto-Colorado.
Rollemberg ressaltou que o plano considera tanto as ciclovias que serão usadas como meio de deslocamento de pessoas que usam esse meio de transporte para se locomover pela cidade quanto as destinadas ao lazer. “O nosso objetivo é que, no futuro, todo o DF possa ser ligado por uma malha cicloviária”, disse o governador.
Atualmente, Brasília conta com 420 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas. A meta proposta pelo GDF é ampliar este número em 50%, chegando ao fim de 2018 com mais 218 quilômetros. Até 2022, o plano prevê ampliar para 1,2 mil quilômetros o alcance das ciclovias de Brasília.
Bikes compartilhadas – Ainda nesta manhã, já como parte das ações, o governador inaugurou um dos cinco novos pontos, com 50 bicicletas compartilhadas, instalados na UnB. Todos eles começam a funcionar hoje. Com o lançamento das novas estações, o Distrito Federal passa a contar com 45 locais para entrega e retirada dos equipamentos, 16 deles inaugurados no atual governo.
A estratégia do +Bike pretende priorizar a ampliação do número de estações em regiões que contam com o transporte de metrô, distribuindo 60 pontos por Águas Claras, Taguatinga, Samambaia, Guará e Ceilândia. Além disso, o plano prevê o remanejamento de pontos. Serão realocadas estações de onde há pouco uso das bicicletas públicas para áreas com maior demanda.
Um exemplo é a praça dos Tribunais Superiores, no Setor de Autarquias Sul. Após reivindicação de trabalhadores da região, o espaço ganhará três estações.
O modelo do sistema de compartilhamento de bicicletas será mantido, onde uma empresa privada, concessionária do serviço, realiza o gerenciamento. das estações.
Para o secretário de Mobilidade do DF, Fábio Damasceno, a iniciativa é uma forma de integrar a bicicleta ao sistema de transporte como um todo, garantir mais segurança e sustentabilidade para a cidade. “Vamos oferecer melhor infraestrutura para aqueles que já usam a bicicleta, além de favorecer quem quer começar a usar”, explicou.
De acordo com o titular da pasta, as vantagens do sistema incluem a melhoria da saúde da população e um trânsito mais fluido. “Queremos mudar os paradigmas, ser referência em respeito ao ciclista e incentivar ao máximo o uso desse meio”, definiu.
Segundo o Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal, 2% dos deslocamentos diários no DF são realizados por bicicleta, o que representa aproximadamente 77 mil viagens por dia.
Aplicativo atualizado – Também dentro das medidas do plano, o aplicativo utilizado para desbloquear as bicicleta, o Bike Brasília, passará por uma atualização e será renomeado para +Bike. Entre os novos recursos do novo aplicativo, disponível para Android e iOS, destaca-se o novo formato de cobrança, que poderá ser diário, por R$ 3,oo e mensal e por R$ 6,00, além da atual tarifa anual de R$ 10. Segundo o GDF, as novas opções podem ser uma boa opção para turistas ou para aqueles que pretendem utilizar a bicicleta por menos tempo.
Paraciclos e bicicletários – Visando à integração do uso da bicicleta com outros modais, bicicletários serão instalados em dez terminais do sistema de transporte público coletivo, com capacidade entre 30 a 50 vagas. Os novos bicicletários serão gratuitos, e para serem utilizados bastará que o usuário leve seu próprio cadeado para prender a bicicleta no local.
Cada empresa de ônibus que opera na cidade ficará responsável pela instalação de dois bicicletários.
Ainda em agosto, a pasta lançará licitação para compra de 3 mil paraciclos. A instalação em diversos pontos do DF, principalmente naqueles que contam com transporte de metrô, está prevista para até o fim deste ano.
De acordo com Damasceno, a secretaria também trabalha em campanhas educativas em todo sistema de transporte público para estimular a boa convivência no trânsito.
O titular da pasta adiantou ainda que há uma ordem de serviço para contrato com o Banco Interamericano de Desenvolvimento para um diagnóstico da malha cicloviária do DF.
Integração com o BRT – Três terminais de BRT: Santa Maria, Gama e Park Way, passarão por testes para implementar o compartilhamento de 150 bicicletas integradas. A licitação para os testes ainda está em fase de finalização. A ideia é que os usuários fiquem com as bicicletas por um longo período, de cerca de 12 horas. Por exemplo, alguém que saia do trabalho e chegue à estação de Santa Maria poderá retirar uma unidade e ir para casa.
Apenas no dia seguinte, provavelmente quando precisar se deslocar novamente até a estação, é que o cidadão precisará devolver a bicicleta.