Bate-papo marcado para a manhã do dia 7 de dezembro, na região da Av. Paulista, terá convidados de vários segmentos, que debaterão sobre a importância da despoluição do Rio Pinheiros
A organização do Pedal das Capivaras, evento realizado desde 2011 com o intuito de alertar autoridades e população para a importância da despoluição do Rio Pinheiros, confirma os participantes que formarão a roda do Debate no dia 7 de dezembro, no Auditório Coworking – Alameda Santos, 415, 14º andar – a partir das 10h. Para participar do debate ou do passeio ciclístico, que será sábado (dia 9), às 17h, na Ciclovia do Rio Pinheiros, os interessados devem entrar em contato pelo e-mail contato@shimano.com.br com nome completo e RG. As vagas são limitadas para os dois dias e o interessado deverá mencionar no e-mail em qual atividade quer participar: debate (dia 7/12), pedal (dia 9/12) ou os dois.Participarão do debate dez convidados: Marcelo Reis, do projeto #VoltaPinheiros; a fotógrafa Marina Klink; a cicloativista Roberta Godinho; Heraldo Guiaro, diretor do Parque do Ibirapuera; Filó, da ONG Pedal Sustentável; Edu Gasperini, apresentador do programa Vamos Pedalar – TV Cultura; o vereador de São Paulo, José Police Neto; Eduardo Rocha, diretor do EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e Energia); Fran Junqueira, advogado e sócio da Bio Tecnicontrol, com larga experiência na despoluição de rios; e Pedro Oliva, atleta de caiaque e embaixador da Thule.
“Quando houver mobilização da sociedade como um todo com relação a despoluição do Rio Pinheiros, ou seja, conscientização desde as crianças, que tirarão proveito no futuro, até seus pais, haverá um legado para a natureza, de uma forma que isso ficará eterno. Uma recuperação de um sistema morto começa com debates como este que será promovido pelo Pedal das Capivaras”, conta Fran Junqueira. “Trabalho neste segmento e tenho um estudo feito há alguns anos. Espero ter oportunidade de apresentar aos participantes do evento, porque este é apenas um início e a consequência será levar uma qualidade de vida melhor para quem vive em São Paulo e, logo, para ajudar a natureza”, completa Fran.
Para Marcelo Reis, um dos responsáveis pelo projeto #VoltaPinheiros, ao lado da equipe formada por Carolina Younis, Bruno Andrade, Andreza Aguiar, Pedro Utzeri e André Curi, que nasceu de um pequeno grupo de cidadãos indignados com a falta de cobrança aos setores públicos por parte da sociedade, é hora de pressionar as entidades responsáveis pela questão. “É vital que façamos isso (nos unirmos). Sem a pressão social, o Governador e Prefeito de São Paulo não se dedicarão em resolver o problema”, avalia Marcelo Reis.
“Não é possível que tornar o rio um lugar de convivência não tenha sido uma meta de nenhum dos governantes que passaram pela cidade e pelo estado. Sim, o Brasil tem outros problemas urgentes, mas o rio não deixa de ser um deles. Quem comprar essa importante causa e resolvê-la, certamente deixará um legado para a cidade e um exemplo para o Brasil de que é possível, com seriedade, resolver questões centenárias. Olha a oportunidade para quem aspira se tornar Presidente da República”, finaliza Reis.
Assim, o 6º Pedal das Capivaras repete o formato da última edição, realizada em dezembro de 2015. Será iniciado em um debate com formadores de opinião, em local aberto ao público e com vagas limitadas, e o pedal terá kit para 50 participantes, aberto também aos demais interessados em pedalarem junto no sábado.
Usuária da ciclovia do Rio Pinheiros, Roberta Godinho dá opinião de quem semanalmente utiliza o local para a prática esportiva. “Comparo a importância da despoluição do nosso rio, como uma intervenção cirúrgica para desobstruir a veia principal de um coração. Significa a possibilidade de devolver a vida à cidade, aos peixes, a todo um ecossistema que se perdeu. Uma vegetação que agoniza, animais silvestres que hoje sobrevivem a duras penas, como é o caso das capivaras, que tanto retrato em minhas fotografias”, conta a cicloativista.
“Despoluir o Pinheiros, sob a ótica de nós ciclistas, e da união de empresas e pessoas em prol dessa causa, é acender uma ideia de recomeço para a cidade, com infinitas possibilidades de ocupação e uso de suas margens, por meio de projetos de jardinagem, plantio de árvores nativas, frutíferas e construção de quiosques. Áreas de lazer, museus a céu aberto e, principalmente, ciclovias circuláveis. Resultado disso seria a devolução desse espaço à população, que passaria a usufruir dos benefícios de ter um rio vivo”, conclui Godinho.
A Ciclovia do Rio Pinheiros, principal opção para a prática do ciclismo na capital, foi fundada em 2010 e é administrada pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), com uma média mensal de 35 mil ciclistas usuários do espaço atualmente. O percurso margeia o Rio Pinheiros e tem, hoje, extensão de 21,2 km, o que faz dela a mais longa de São Paulo, ou seja, ideal para treinamentos.