24 de novembro de 2024

Linha de lubrificantes Durablot

Composta por dois óleos sintéticos e um lubrificante a base de cera, linha Durablot consegue aliar performance excepcional a um preço imbatível

Apresentada no segundo semestre do ano passado, a linha de lubrificantes Durablot para bicicletas aos poucos vem conquistando sua fatia de mercado, ao oferecer produtos de qualidade comparável aos melhores similares importados a um preço bastante competitivo. 

Com tecnologia 100% brasileira, testada e aprovada por ciclistas profissionais e mecânicos, seus lubrificantes atendem aos melhores e mais exigentes padrões internacionais de lubrificação, conservação, durabilidade e apresentação.

Longe de ser uma empresa que ‘caiu de paraquedas’ no mercado, a marca brasileira possui o embasamento da Dimetil Química, com mais de 30 anos de experiência em combustíveis e lubrificantes  de alta qualidade, responsável pelo desenvolvimento e produção da linha Durablot.

Diferencial – Ao contrário da maioria dos óleos para transmissão do mercado, divididos nas categorias ‘seco’ e ‘úmido’, a Durablot utiliza um novo critério de escolha do lubrificante, de acordo com critérios como intervalo entre manutenções e condições de uso e não apenas pelas variações climáticas.

Desta forma, a linha Durablot de lubrificantes é assim dividida: Max (longa duração e pedaladas em condições extremas); Pro (para uso geral em tempo seco ou úmido) e Wax (a base de cera).

Linha Durablot de lubrificantes

Durablot Pro

Indicado para todas as condições climáticas – incluindo chuva moderada -, o Durablot Pro contém em sua formulação Politetrafluoretileno (PTFE), polímero conhecido mundialmente pelo nome comercial teflon, material com baixíssimo coeficiente de atrito e alta impermeabilidade.

O uso desta substância no Durablot Pro evita ao máximo o atrito e o acúmulo de sujeira na corrente, catracas, câmbios, cabos e pedais, ao criar uma película de proteção resistente à água, diminuindo a adesão de partículas e aumentando a vida útil dos componentes.

Durablot Max

Indicado para pedaladas em condições extremas de barro, lama e chuva, ou até mesmo para ciclistas de fim de semana que não tem tempo ou disposição para realizar a lubrificação de sua bike com frequência, o Durablot Max, como seu nome deixa explícito, foi desenvolvido para máxima duração.

Sua viscosidade impede que o mesmo saia facilmente na água, além de contar com agentes anticorrosivos, que proporcionam a conservação de bicicletas que ficam longos períodos de tempo paradas.

Escolha ideal para o uso em provas de MTB Maratona, o Durablot Max conta ainda com um corante na cor vermelha, que serve como indicativo se o mesmo encontra-se corretamente impregnado entre os elos da corrente.

Durablot WAX

Versão a base de cera para uso geral, é voltado para uso em clima seco e chuva moderada. Ao ser aplicado, forma uma fina película protetora entre os elos da corrente, mantendo-a com uma aparência limpa por mais tempo que os óleos comuns. Indicado para uso por ciclistas que praticam a manutenção regular de suas bicicletas.

Biodegradável, não agride o meio ambiente, dispensando o uso de solventes fortes em sua remoção durante a manutenção.

Além dos lubrificantes acima, a Durablot produz uma graxa sintética de alta performance, que será analisada em separado, em um review a ser publicado nos próximos dias.

O teste

Os testes foram realizados no período compreendido entre o final de janeiro e meados de fevereiro. Neste período, os lubrificantes foram utilizados tanto em bicicleta de estrada quanto mountain bike, em terrenos e condições climáticas adversas.

O óleo Durablot Max conta com um corante especial na cor vermelha que facilita identificar sua presença na corrente – Foto: André Ramos / MTB Brasília

Foram levados em consideração para a avaliação critérios como facilidade de uso, durabilidade e efetividade da aplicação, acúmulo de detritos na transmissão, proteção contra oxidação e remoção do lubrificante durante a manutenção.

Apresentação – Não foi surpresa ter uma boa impressão da linha Durablot já no primeiro contato com os produtos, em janeiro. Além da boa apresentação, com rótulos e ícones explicativos sobre os modos de uso, formulação, cuidados e data de validade, os frascos de 50ml contém uma quantidade suficiente para vários meses de uso e cabe facilmente no bolso da camisa ou na bolsa de acessórios, sem ocupar muito espaço. O bico aplicador é bem dimensionado, o que evita o desperdício.

Além da versão de 50ml, a  Durablot disponibiliza a opção em frascos de 270ml, para utilização em oficinas.

Viscosidade – Uma das principais características de um bom lubrificante é a sua viscosidade, ou seja, a propriedade física que caracteriza a resistência de um líquido ao seu escoamento. Em um bom lubrificante para transmissões, o lubrificante deve ser fluido o suficiente para penetrar entre os elos da corrente, porém viscoso o suficiente para permanecer em seu lugar o máximo de tempo possível, uma vez aplicado.

Cada um dos lubrificantes apresentou um índice de viscosidade diferente. O menos viscoso, como era de se esperar, foi o Durablot Wax, a base de cera, que utiliza água como solvente. Uma vez aplicado, o produto penetrou rapidamente entre os elos da corrente, resultando na aplicação mais rápida dos três.

Indicado para proteção máxima, o Durablot Max apresentou índice de viscosidade similar aos óleos do tipo ‘wet‘ (molhado), penetrando corretamente nos elos da corrente, embora de forma mais lenta que como ocorreu no Wax. O destaque bem-vindo neste quesito foi a utilização de um corante vermelho em sua composição, que facilita a conferência visual se o produto está corretamente presente na corrente.

Dos três lubrificantes Durablot, o Pro apresentou índice de viscosidade mais alta – Foto: André Ramos / MTB Brasília

O produto com o maior índice de viscosidade foi o Durablot Pro, que apresentou uma consistência similar a um gel, levando mais de cinco segundos para penetrar corretamente na corrente de transmissão. Após uma vigorosa agitação do frasco, sua viscosidade foi reduzida, levando-nos à conclusão que os aditivos a base de PTFE em sua fórmula tendem a sedimentar-se, alterando as características de fluidez. Sendo assim, recomenda-se a agitação vigorosa antes da aplicação.

Durabilidade da aplicação – Em condições de tempo seco e no asfalto, tanto o Durablot Max quanto o Pro apresentaram autonomias de uso amplas e bastante próximas, com uma ligeira vantagem do modelo para duração máxima.

Utilizando uma corrente nova, totalmente limpa, o Durablot Max possibilitou uma autonomia de 150 quilômetros com uma única aplicação, enquanto que o Pro chegou as o 120km (valor médio de 3 pedaladas em bicicleta de estrada). Nas mesmas condições, a versão Wax alcançou uma média de 100 quilômetros por pedalada, valor bem alto para lubrificantes a base de cera.

A versão Wax, a base de cera, alcançou uma autonomia média de 100 quilômetros por pedalada – Foto: André Ramos / MTB Brasília

Já em trilhas, o Max disparou na frente: foram cerca de 60 quilômetros de pedaladas sobre barro, e chuva moderada, onde uma inspeção pós-pedalada confirmou a presença do lubrificante na corrente, mesmo sob uma grossa camada de detritos.

Nas mesmas condições, tanto o Durablot Pro quanto o Wax apresentaram autonomia ligeiramente inferior, onde após a mesma quilometragem, a corrente deu indícios de necessitar uma nova aplicação para manter a performance. 

Acúmulo de resíduos – Aqui a situação se inverte. Em todas as condições de uso, o Durablot Wax manteve a corrente com o aspecto mais limpo entre os três lubrificantes, provando que o produto ideal para o ciclista que quer manter a relação da sua bike sempre com bom aspecto visual.

Em um honroso segundo lugar, o Durablot Pro manteve a corrente quase sempre limpa, com exceção do uso em trilhas com excesso de barro, onde alguns resíduos  se fizeram notar durante a inspeção após a pedalada.

Voltado para condições extremas, o Durablot Max acumulou alguns detritos na região das placas internas da corrente, típica do uso de óleos ‘molhados’. Para minimizar essa ocorrência, a sugestão é aplicar o lubrificante sempre e apenas nos roletes da corrente, elo por elo e, após a plicação, limpar o excesso com um pano limpo e seco. (esta recomendação vale para todos os tipos de lubrificantes para transmissão, com exceção dos produtos a base de cera).

Resistência à água – Um dos pontos fortes da linha Durablot é, sem dúvida, sua resistência à água. Mesmo após a plicação direta de água na corrente, os três lubrificantes mantiveram-se na corrente, com uma surpresa em especial na versão a base de cera, normalmente menos resistente ao uso em tempo chuvoso.

Como era de se esperar, o Durablot Max confirmou seu DNA ‘heavy use‘, permanecendo por mais tempo na corrente que as demais versões.

Proteção contra corrosão – Com o intuito de conferir as propriedades anti-corrosivas da linha Durablot, simulamos em ambiente de oficina uma oxidação forçada em um pedaço de corrente de transmissão, previamente desengraxado. Cada elo externo de uma corrente de aço inoxidável teve o lado esquerdo coberto previamente com um dos lubrificantes, enquanto que o lado direito permaneceu desprotegido para fins de comparação.

Em seguida, cada elo recebeu a aplicação de uma mistura composta por ácido acético, hipoclorito de sódio, sal e água, de forma acelerar o processo de corrosão. Após algumas horas, o resultado pode ser conferido na foto abaixo:

A primeira placa da corrente foi tratada com o óleo Max, a do centro com o Pro e a da direita, com o lubrificante Wax. Enquanto que a parte de cada elo tratada com os lubrificantes manteve-se preservada, a outra extremidade foi corroída pela ferrugem – Foto: André Ramos / MTB Brasília

Percebe-se claramente que os três tipos de lubrificantes da Durablot preservaram da ferrugem o lado do elo onde foram aplicados, comprovando seu poder anti-oxidante mesmo em situações que dificilmente encontraremos em uma utilização normal.

Conclusão – Se comparada aos melhores lubrificantes importados disponíveis no mercado brasileiro, a linha Durablot não fica nada a dever no que diz respeito à performance geral. Por outro lado, seu baixo custo para o consumidor torna-a um concorrente muito difícil de ser batido, já que um similar de boa qualidade não sai por menos que 30 reais, 10 a mais que os lubrificantes Durablot. 

Cada frasco de 50ml sai nas lojas ao preço de 25 reais, valor difícil de ser batido até mesmo por produtos nacionais. Já a versão de 270ml, para uso em oficinas, sai por apenas 70 reais.

Sem dúvida alguma, uma das melhores relações custo x benefício do mercado.  

Preço e disponibilidade – Atualmente, a linha Durablot pode ser encontrada em lojas dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Roraima, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Lojistas e consumidores interessados em adquirir os produtos devem entrar em contato diretamente com a Durablot através do formulário disponível no site oficial da empresa, ou através dos telefones (19) 3608-5991 / 3608-7288 e (11) 3476-7646.

Linha de lubrificantes Durablot

Apresentação
Durabilidade
Proteção contra oxidação
Preço

Excelente

Ótimo índice de proteção e durabilidade, uma das melhores relações custo x benefício em seu seguimento

Pontos positivos

  • Eficiente;
  • Apresentação em frascos de 50ml;
  • Proteção contra oxidação;
  • Baixo preço.

Pontos negativos

  • Ainda é difícil de ser encontrado fora da região Sul/Sudeste.

Sobre o autor

André Ramos é editor do website MTB Brasília
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