24 de novembro de 2024

Pneu MTB Maxxis Pace 29″ x 2.10″

Pneu da marca taiwanesa promete alto desempenho e baixa resistência de rolagem em estradas de terra, asfalto e singletracks de alta velocidade

Os pneus são os pontos de contato da bicicleta com o chão. E eles tem uma importância enorme, podendo mudar completamente o comportamento da bicicleta. Assim eles se constituem em um dos componentes mais importantes e mais difícil de escolher.

Recebi a missão de testar os pneus Maxxis Pace 29″ x 2.10″. Esse pneu conta com inúmeros cravos pequenos e de perfil baixo. O formato do pneu também é bastante arredondado. Só observando esses aspectos já sugeriam um pneu de ótima rolagem. Também chamou a atenção o baixo peso, aproximadamente 600 gramas.

Maxxis Pace 29″ x 2.10″

Disponibilizado nas medidas 26″ x 2.10″, 27.5″ x 2.10″ e 29″ x 2.10″, o Maxxis Pace conta com duas versões, a standard e a versão EXO TR (com carcaça reforçada e compatibilidade com sistemas tubeless. O pneu testado foi a versão standard, impossibilitando sua montagem sem o uso de câmara de ar. Essa limitação eu senti na hora de montar os pneus nas rodas.

Especificações técnicas - Maxxis Pace

Medida ETRTO TPI Borda Peso Composto Pressão máxima Cor Uso
26″ x 2.10″ 53-559 60 Kevlar 545g Simples 65 PSI Preta MTB
27.5″ x 2.10″ 53-584 60 Kevlar 575g Simples 65 PSI Preta MTB
29″ x 2.10″ 53-622 60 Kevlar 605g Simples 65 PSI Preta MTB

O pneu é bem macio e fácil de montar mas não teve reza suficiente para fazê-lo inflar sem usar câmara de ar. Somente após pesquisar no Google descobri que essa versão não era tubeless.

Assim, os pneus foram montados com câmara de ar na minha Groove Ska 50, mountain bike que uso essencialmente em trajetos urbanos, principalmente deslocamento para o trabalho. Como possuo outra bicicleta do tipo full suspension,  fica normalmente para ela as missões em terra.

Foto: Silvio Sá / MTB Brasília

Pedalando – Já na primeira pedalada com as borrachas novas, as qualidades dos pneus já se mostraram. Fácil rolagem, leve, silencioso e macio. Tirando a parte do macio e do leve pareciam com uns pneus 700 x 42 que as vezes uso na minha bike.

A ida para o trabalho ficou mais rápida e menos sofrida. Com esses pneus consegui aumentar a minha média de velocidade e ainda reduzir a sensação de esforço rodando no asfalto. Em uns poucos trechos fiz médias próximas ao que o Strava marcava comigo rodando em bicicleta de estrada. Espetacular!

Mas a não possibilidade de instalação sem câmara se mostrou também rapidamente. Apenas seis dias após instalar tive o primeiro furo no pneu. E dois dias depois o segundo. Os dois furos foram causados por perfuração na banda de rolagem. Se o pneu estivesse com líquido selante provavelmente o furo seria vedado e talvez eu nem percebesse.

A solução foi instalar um par de fitas anti-furo. Feito isto, não tive mais problemas com furos, ao custo de um ligeiro aumento no peso final.

Foto: Silvio Sá / MTB Brasília

Performance em asfalto irretocável para o meu uso, mas estava na hora de testar na terra. Fiz um pedal na floresta Nacional de Brasília, que conta com estradas de terra bem compactadas e singletracks, em sua maioria também de terreno duro, com alguns trechos com um pouco de terra solta ou cascalho.

Em tempo seco não tive o menor problema com esses pneus, mesmo andando com a pressão alta que usei no asfalto. Nenhuma perda de tração, deslizamento ou susto. Aprovado também para essas condições.

Para confirmar essas impressões, saí de casa pedalando com um amigo em direção a Corumbá. Após 30 km de asfalto entramos nas estradas de terra por onde rodamos mais 80 km. O comportamento dos pneus se mostrou como avaliado anteriormente.

Uns amigos tinham marcado uma trilha de aproximadamente uns 90 km chegando em Pirenópolis, tradicional cidade goiana que atrai os mountain bikers da região Centro-Oeste. Com época de chuva chegando, era boa a chance de testar os pneus em outras condições.

Lá fomos nós colocar os Maxxis Pace na lama de verdade. Um pouco menos de pressão nos pneus e vamos saindo cautelosos pelos molhados estradões goianos.

A princípio indo com bastante cuidado atento às reações dos pneus naquela condição. Aos poucos pegando confiança na estabilidade, tração e aderência fornecida.

Foto: Silvio Sá / MTB Brasília

Conclusão – Usei os pneus Maxxis Pace 29 x 2.10 por aproximadamente um mês e meio, tendo percorrido pouco mais de 430 km, sendo uns 67% em asfalto e o restante em trilhas.

Nas condições que usei o pneu, o desempenho foi fantástico. Em asfalto rolou muito bem, graças ao perfil baixo dos cravos, do desenho arrendondado e a pressão alta que garantiram uma pequena área de contato do pneu com o solo.

Em trilhas secas e com uma pressão mais baixa também se comportou sem sustos, garantindo também uma ótima rolagem e tração. Mesmo no molhado manteve o comportamento.

Maxxis Pace 29″ x 2.10″

Preço e disponibilidade – Distribuído no Brasil com exclusividade pela Calypso, o pneu Maxxis Pace 29″ x 2.10″ pode ser encontrado nas principais lojas de bicicletas do país ao preço médio de 180 reais cada.

Pneu MTB Maxxis Pace 29" x 2.10"

Peso
Resistência a furos
Durabilidade
Desempenho em estradas de terra
Desempenho em cascalho solto
Desempenho em terreno pedregoso
Desempenho em lama
Desempenho no asfalto
Custo x benefício

Muito Bom

Pneu de cravos baixos, alta velocidade e baixa resistência de rolagem, recomendado para percursos em terreno compactado

Pontos positivos

  • Baixo peso;
  • Baixa resistência de rolagem;
  • Boa tração nas subidas.

Pontos negativos

  • Não aceita instalação tubeless (o modelo EXO TR permite);
  • Requer mais atenção nas descidas;
  • Suscetível a furos.

Sobre o autor

Silvio Sá é colaborador do website MTB Brasília
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