Confira mais detalhes do percurso alucinante da Copa BigMais de XCO

Com obstáculos naturais e artificiais, pista promete agradar atletas de todos os níveis

A Copa BigMais, tradicional competição que acontece em Governador Valadares desde 2013, é conhecida por sua excelente organização e por utilizar uma das pistas mais técnicas do Brasil. Este ano, a prova é válida como terceira etapa da Taça Brasil de XCO e tem pontuação Classe 2 UCI. O evento acontece no dia 12 de maio e as inscrições estão abertas.

Rampas e Rock Gardens – A pista utilizada pela BigMais fica no Trilhas Bar, localizado em frente ao Parque Natural Municipal de Governador Valadares, uma área de 403 mil m² às margens do Rio Doce e aos pés do Pico do Ibituruna. O parque conta com trilhas ecológicas, horto, dois mirantes, lanchonete e muitas outras atrações.

O trajeto tem cerca de 4km com subidas e descidas bastante duras, obstáculos naturais e artificiais. Segundo Ulan Bastos, atleta da TSW Bike Racing Team, uma das dificuldades do percurso é justamente a presença constante de aclives ou declives. “Ela quase não tem trechos rolados”, afirmou.

O trajeto é arborizado, com o piso sendo composto de terra batida dura com muitas pedras de tamanho variado, raízes e alguns trechos com cobertura solta de terra e cascalho. Os maiores destaques ficam por conta de dois rock gardens, dois drops de pedra e dois saltos que testam a habilidade dos atletas.

Pista desafiadora, mas boa para quem está começando no XCO

A primeira vista, o percurso escolhido pela organização da BigMais pode parecer um prato cheio demais para alguns iniciantes, mas isso não é obrigatoriamente uma verdade. Isso porque, todos os obstáculos são muito bem feitos e contam com desvios instalados pela organização – eles são de uso obrigatório para as categorias que largam no primeiro horário e opcionais para as que largam no segundo. Além disso, mesmo os obstáculos mais intimidadores podem ser transpostos com a técnica correta.

“O segredo desses rocks gardens é que eles são naturais”, explicou Wolfgang Soares, atleta da TSW Racing Team. “As pedras são redondas e boleadas, então não oferecem riscos. Basta aplicar o fundamento da técnica de deixar o peso levemente para trás, com os joelhos e cotovelos semi-flexionados para fazer como uma suspensão. Com isso, a bike passa muito bem pelos obstáculos sem que você tenha que brigar com ela”, complementou.

Conforme explicou Alysson Tigrinho, atleta da MinasBike/Specialized, a velocidade no rock garden deve ser bem calculada, já que as pedras podem estar soltas e escorregadias. Muito rápido, corre-se o risco de escorregar ou bater o aro. Muito devagar, a bike pode ficar travada.

Já para Wolfgang, a velocidade é um dos maiores fatores de dificuldade no trajeto. “A pista é técnica, mas o que dificulta mesmo é aumentar a velocidade. Quando você está devagar, é possível andar tranquilo, desviar das raízes, emendar as curvas e passar pelos obstáculos – um mountain bike raiz muito divertido. É uma pista que favorece os iniciantes, principalmente quem está começando no XCO, já que ele pode começar devagar e ir pegando confiança durante os treinos e na competição”, explicou.

O trajeto ainda possui dois saltos duplos – rampas de lançamento e recepção com um “vale” no meio. Apesar de intimidadores a primeira vista, a qualidade dos obstáculos facilita sua transposição. “Os duplos foram muito bem construídos pelos atletas locais de downhill. Para passar por eles, é preciso que o atleta tenha confiança”, explicou Wolfgang.

Segundo ele, o grande segredo para estes saltos é encontrar a velocidade correta de entrada. Como eles são muito bem feitos, a bicicleta tende a voar de forma correta – isso desde que o piloto esteja acostumado com saltos.

“Se você pratica saltos com frequência, basta chegar e pular. Agora, se você não está acostumado, aqueles segundos que você passa no ar são bem ‘diferentes’. É importante ter prática nos saltos para evitar cair de bobeira”, explicou o experiente Alysson Tigrinho.

Outro detalhe destacado pelo atleta da MinasBike/Specialized é o forte calor e o clima seco de Governador Valadares. Para ele, a cidade tende a ser quente mesmo nas épocas mais frias do ano. Com isso, a hidratação antes, durante e depois da Copa BigMais deve ser muito bem feita.

Kit para inscritos – Os inscritos na Copa BigMais, tanto no Trail Run quanto na prova de XCO, receberão kits que, segundo a organização, possuem bastante qualidade. Conforme explicou Marcone Miranda, idealizador da prova, as peças foram criadas para as pessoas usarem não só na competição, mas também depois da prova.

O Kit básico para o Trail Run e para a prova de XCO é composto por camiseta de dryfit com proteção solar, garrafinha personalizada, numeral e medalha de participação. Além disso, a organização oferece camisas de ciclismo da prova em dois modelos – a Pro com custo de R$70,00 e a Race que custa R$ 100,00.

As crianças que participam do Trail Run também ganham o mesmo kit, mesmo que a inscrição seja apenas a metade do valor. Um detalhe interessante e pouco comum é que a organização ainda oferece a opção do atleta comprar meias da prova, disponíveis em diversas cores e custando R$ 10,00.

Informações sobre a prova

• Local: Trilhas Bar – em frente ao Parque Natural Municipal – Av. Altino Marques, S/N – Bairro Elvamar, em Governador Valadares – MG

Programação

Confira regulamento completo da prova de XCO e do Trail Run no site da organização.