Ciclista mineiro volta da Ilha da Madeira com um excelente resultado na bagagem, a terceira colocação, e confiança em alta para sequência no Enduro World Series
O piloto mineiro André Bretas (Specialized Racing BR / Öhlins) finalizou subindo no pódio em sua participação no Trans Madeira 2019, uma das mais difíceis competições do Enduro mundial, que contou com 140 participantes de cerca de 20 países. Bretas foi o terceiro colocado após 27 especiais cronometradas, com o tempo total de 107 minutos e 41 segundos. Ficou atrás apenas do campeão, o português Emanuel Pombo (103 minutos e 13 segundos), e do sul-africano Matt Lombardi (107 minutos).Após encerrar a abertura em terceiro lugar, Bretas subiu para a segunda colocação após o término do segundo dia. Manteve a posição no dia seguinte, porém no penúltimo caiu um degrau, mantendo a posição ao término da prova, mesmo tendo sido o segundo mais rápido no dia 5. “Volto para o Brasil muito feliz com essa colocação em uma competição tão importante do cenário mundial e assim vou mais confiante para os próximos desafios no calendário do Enduro World Series. Agradeço a todo mundo que torceu e vibrou por mim durante essa última semana”, avaliou Bretas.
“Foram cinco dias de prova e foi incrível cruzar a maravilhosa Ilha da Madeira, tão imprevisível de ponta à ponta e conhecer algumas das melhores trilhas do mundo. A competição foi muito dura fisicamente e mentalmente, mas realmente exigiu demais no lado físico. Várias horas em cima da bicicleta, com centenas de quilômetros acumulados em descidas e mais ainda em subidas. Provavelmente a disputa de enduro mais dura do mundo, podendo confirmar isso após os cinco dias vividos no arquipélago, levando em consideração as distâncias e o quão imprevisível o local é”, completou o ciclista.
A Ilha da Madeira é conhecida por muitos por “fazer as quatro estações do ano em um dia só”, fato que André Bretas pode comprovar durante a competição. Em um mesmo dia, ele correu em condições de lama extrema, onde era quase impossível ficar em cima da bike, e depois pedalou com uma poeira tão grande, que se a organização não desse uma distância considerável entre a largada de um atleta e outro, não seria possível enxergar quase nada pelo caminho.
“Foi uma experiência incrível e fiquei realmente feliz de subir no pódio com um atleta português local, que era o favorito e é um grande amigo meu, podendo dividir pista e trocar tanta experiência com ele. Quando você tem grandes amizades as coisas tornam-se mais divertidas e prazerosas. O sul-africano surpreendeu e ficou em segundo. Também está de parabéns”, comentou Bretas.
Superação – O top 3 de Bretas foi alcançado com muito esforço. Pedras no caminho, literalmente, não faltaram. “Cheguei a ter problemas mecânicos ao explodir meu câmbio traseiro em uma pedra e tive que concluir duas das 27 especiais sem corrente e câmbio na bike, o que é super difícil no enduro. Mesmo assim, dei meu máximo e subi meu nível de pilotagem de uma maneira incrível. Andei forte sem estar com os dois componentes na bike e mantive o segundo lugar nesse dia”, disse o ciclista.
Dia 4, o decisivo – De cinco dias de prova, em dois deles (2 e 5) André Bretas foi o segundo mais rápido. Em outros dois (1 e 3), acabou como o terceiro mais veloz do dia. No dia 4, foi apenas o oitavo entre mais de 30 pilotos na elite. “No quarto dia tive a infelicidade de não ser um dos primeiros a largar na prova e, com todo o barro, quanto mais você demorava para descer pela fila de ordem de largada, mais a pista ficava deteriorada e foi ali que perdi a segunda colocação geral e fui para o último dia pensando em manter o top 3”, relembrou.