Ciclistas da Brazil Nuts conquistam a 3ª colocação na ultramaratona ciclística de cinco mil quilômetros, que cruzou os Estados Unidos de Oeste a Leste
Acostumado aos desafios de grandes provas como os ralis Dakar e Sertões, Marcos Baumgart cumpriu neste domingo (23) talvez o maior deles: o brasileiro concluiu o Race Across America, ultramaratona ciclística que atravessou os Estados Unidos de Oeste a Leste, em cinco mil quilômetros, que foram cumpridos em sete dias.Baumgart estava na equipe Brazil Nuts junto dos compatriotas José Mario Ambrósio, Carlos Ambrósio e Hassan Rangel Murad, que contaram com o apoio logístico da 7sherpas. O quarteto, que competiu na classe 50-59 em equipes de quatro integrantes, concluiu a prova na terceira posição, em 7 dias, 12 horas e 57 minutos. Em primeiro lugar ficou a equipe do Canadá com 6 dias, 20 horas e 6 minutos, com os Estados Unidos em segundo na classe com 6 dias, 22 horas e 14 minutos.
“Essa prova é uma coisa de maluco, mas é apaixonante. Vale todo o sofrimento. E olha… Sofremos! Eu sempre quis participar dessa prova, mas não sabia se estava preparado o suficiente. Aproveitei como uma oportunidade de vida, pois prefiro me arrepender de ter tentado do que de não ter feito. Temos de viver o presente e aproveitar as chances antes que o tempo passe. Então, estou acabado, mas extremamente feliz de ter podido participar e completar a prova tão bem com meus companheiros de equipe. É disso que se trata: parceria. Essa prova foi demais”, falou Marcos Baumgart, que é bicampeão brasileiro de Rally Cross Country nos carros e campeão também nas motos.
O Race Across America começou na cidade de Oceanside, na Califórnia, e terminou em Annapolis, no estado de Maryland. São cinco mil quilômetros de oeste a leste. A prova acontece desde 1982 e é 30% maior que a Volta da França. E ao contrário da tradicional prova francesa, que é disputada por etapas (dias), a edição norte-americana só conta como uma etapa, na qual as equipes tem de 7 a 12 dias para concluir.
“É um desafio físico gigantesco, mas sobretudo mental. Você está pedalando sua bicicleta a 40, às vezes 50 km/h, olha para a frente e só vê uma reta interminável. É diferente de um rali, mas tem filosofia muito parecida. Tenho certeza que volto mais preparado para os desafios a seguir, principalmente no rali”, disse o piloto da equipe X Rally Team.