24 de novembro de 2024
Ciclovia do Lago Norte
Ciclovia do Lago Norte - Foto: Pedro Ventura / Agência Brasília

Trechos de ciclovias no DF aumentam 20% em relação ao ano passado

Com a maior malha cicloviária do país, Distrito Federal se prepara para aperfeiçoar o modal enquanto estimula o uso do meio de locomoção não poluente

O Distrito Federal registrou um aumento de 20% no total de vias exclusivas para bicicletas em relação a 2019, saltando de 466,6 quilômetros, no final de 2018, para 553,95 quilômetros em julho de 2020. Os dados, fornecidos pela Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF, deixa o Distrito Federal com a maior malha cicloviária do Brasil.

Malha cicloviária do Distrito Federal
Malha cicloviária do Distrito Federal
# Região Administrativa total de vias
1 Plano Piloto 119,95km
2 Gama 28,73km
3 Taguatinga 8,40km
4 Brazlândia 5,56km
5 Sobradinho 2,73km
6 Planaltina 7,84km
7 Paranoá 13,11km
8 Núcleo Bandeirante 2,70km
9 Ceilândia 36,01km
10 Guará 20,33km
11 Samambaia 17,15km
12 Santa Maria 27,85km
13 São Sebastião 7,72km
14 Recanto das Emas 28,46km
15 Lago Sul 54,30km
16 Lago Norte 25,91km
17 Águas Claras 16,49km
18 Riacho Fundo II 13,85km
19 Sudoeste / Octogonal 10,70km
20 Varjão 0,44km
21 Park Way 50,15km
22 SCIA 1,97km
23 Sobradinho II 20,30km
24 Jardim Botânico 16,20km
25 Itapoã 3,99km
26 SIA 2,88km
27 Vicente Pires 10km
28 Arniqueira 0,27km

Em atenção ao uso da bicicleta como complemento ao transporte coletivo e em substituição aos automóveis, um Plano de Mobilidade Ativa foi elaborado para orientar e coordenar ações públicas voltadas para quem se desloca a pé ou por meio da ciclomobilidade. A ampliação do modal, não poluente e econômico, faz parte de um estudo técnico da Secretaria e atende às demandas das regiões administrativas (RAs). Até agora, 28 delas contemplam os ciclistas em seu desenho urbano.

A ação do Governo do Distrito Federal (GDF) tem a participação dos principais interessados nesses investimentos. Em audiência pública no final de junho, cerca de 40 sugestões de cidadãos foram lidas e analisadas pela equipe técnica do GDF. Medidas para melhorar a travessia nas vias, revitalização de passagens, padronização de calçadas, ampliação de ciclovias e dúvidas sobre bicicletas compartilhadas estiveram entre as manifestações apresentadas.

Ciclovia do Eixo Monumental
Ciclovia do Eixo Monumental – Foto: Gabriel Jabur / Agência Brasília

Trechos sem interrupções – Para o Secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro, alguns projetos irão facilitar a mobilidade dos ciclistas de Brasília, principalmente ao interligar pistas nos trechos com interrupções. Uma das ações do GDF vem atrelada à implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) nas avenidas W3 Sul e Norte e a integração das ciclovias ligando as quadras 900, na W5, às 600, na L2.

De acordo com Casimiro, o DF está bem à frente do restante do país em extensão da malha, mas a estrutura apresenta falhas e precisa de melhorias. “Recebemos uma malha cicloviária com várias interrupções no trajeto, sem ligação entre si, e que agora será feita para dar fluidez e segurança aos ciclistas”, garantiu o secretário.

Obra da ciclovia na DF-483, que liga o Gama a Santa Maria
Obra da ciclovia na DF-483, que liga o Gama a Santa Maria – Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

Em 18 meses, o GDF construiu 87,35 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, entre elas 22,4 quilômetros na EPTG, 8,7 quilômetros no Trecho de Triagem Norte (Ponte do Bragueto) e 2,7 quilômetros no Noroeste. Além disso, investiu em iluminação pública de ciclovias. Foram cerca de R$ 300 mil no reforço de iluminação pública de outras três ciclovias do Guará.

Pelo Plano de Mobilidade do DF, o governo espera construir, a curto prazo, mais 112,4 quilômetros de vias exclusivas aos ciclistas, finalizando projetos licitados ou em obras e implantando outros projetos executivos já em curso. A médio prazo essa metragem subiria para 172,7 quilômetros, chegando a 385,2 quilômetros a longo prazo.

As obras incluem uma ação integrada envolvendo a Secretaria de Transporte e Mobilidade, responsável pelo planejamento das ciclovias nas regiões administrativas; a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), que cuida da construção; o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), que cuida das sinalizações horizontais e verticais das pistas depois de prontas; e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF), que inclui automaticamente as ciclovias em todas as novas rodovias que são construídas no DF. A iluminação dos trechos fica a cargo da Companhia Energética de Brasília (CEB).

Vale mencionar que o DER/DF prepara a construção de mais 34 quilômetros de ciclovias em rodovias do Distrito Federal. Entre elas, 25,6 quilômetros ligando o balão do Colorado à entrada da Planaltina. De acordo com o superintendente de Obras do órgão, Cristiano Cavalcante, o modal é muito importante para a mobilidade dos grandes centros urbanos.

“Isso porque, além de ajudar na fluidez do trânsito, com menos carros nas ruas, contribui com a qualidade ambiental, por não produzir nenhum tipo de poluição”, observa Cavalcante.

Com informações da Agência Brasília

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