Com a maior malha cicloviária do país, Distrito Federal se prepara para aperfeiçoar o modal enquanto estimula o uso do meio de locomoção não poluente
O Distrito Federal registrou um aumento de 20% no total de vias exclusivas para bicicletas em relação a 2019, saltando de 466,6 quilômetros, no final de 2018, para 553,95 quilômetros em julho de 2020. Os dados, fornecidos pela Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF, deixa o Distrito Federal com a maior malha cicloviária do Brasil.# | Região Administrativa | total de vias |
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1 | Plano Piloto | 119,95km |
2 | Gama | 28,73km |
3 | Taguatinga | 8,40km |
4 | Brazlândia | 5,56km |
5 | Sobradinho | 2,73km |
6 | Planaltina | 7,84km |
7 | Paranoá | 13,11km |
8 | Núcleo Bandeirante | 2,70km |
9 | Ceilândia | 36,01km |
10 | Guará | 20,33km |
11 | Samambaia | 17,15km |
12 | Santa Maria | 27,85km |
13 | São Sebastião | 7,72km |
14 | Recanto das Emas | 28,46km |
15 | Lago Sul | 54,30km |
16 | Lago Norte | 25,91km |
17 | Águas Claras | 16,49km |
18 | Riacho Fundo II | 13,85km |
19 | Sudoeste / Octogonal | 10,70km |
20 | Varjão | 0,44km |
21 | Park Way | 50,15km |
22 | SCIA | 1,97km |
23 | Sobradinho II | 20,30km |
24 | Jardim Botânico | 16,20km |
25 | Itapoã | 3,99km |
26 | SIA | 2,88km |
27 | Vicente Pires | 10km |
28 | Arniqueira | 0,27km |
Em atenção ao uso da bicicleta como complemento ao transporte coletivo e em substituição aos automóveis, um Plano de Mobilidade Ativa foi elaborado para orientar e coordenar ações públicas voltadas para quem se desloca a pé ou por meio da ciclomobilidade. A ampliação do modal, não poluente e econômico, faz parte de um estudo técnico da Secretaria e atende às demandas das regiões administrativas (RAs). Até agora, 28 delas contemplam os ciclistas em seu desenho urbano.
A ação do Governo do Distrito Federal (GDF) tem a participação dos principais interessados nesses investimentos. Em audiência pública no final de junho, cerca de 40 sugestões de cidadãos foram lidas e analisadas pela equipe técnica do GDF. Medidas para melhorar a travessia nas vias, revitalização de passagens, padronização de calçadas, ampliação de ciclovias e dúvidas sobre bicicletas compartilhadas estiveram entre as manifestações apresentadas.
Trechos sem interrupções – Para o Secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro, alguns projetos irão facilitar a mobilidade dos ciclistas de Brasília, principalmente ao interligar pistas nos trechos com interrupções. Uma das ações do GDF vem atrelada à implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) nas avenidas W3 Sul e Norte e a integração das ciclovias ligando as quadras 900, na W5, às 600, na L2.
De acordo com Casimiro, o DF está bem à frente do restante do país em extensão da malha, mas a estrutura apresenta falhas e precisa de melhorias. “Recebemos uma malha cicloviária com várias interrupções no trajeto, sem ligação entre si, e que agora será feita para dar fluidez e segurança aos ciclistas”, garantiu o secretário.
Em 18 meses, o GDF construiu 87,35 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, entre elas 22,4 quilômetros na EPTG, 8,7 quilômetros no Trecho de Triagem Norte (Ponte do Bragueto) e 2,7 quilômetros no Noroeste. Além disso, investiu em iluminação pública de ciclovias. Foram cerca de R$ 300 mil no reforço de iluminação pública de outras três ciclovias do Guará.
Pelo Plano de Mobilidade do DF, o governo espera construir, a curto prazo, mais 112,4 quilômetros de vias exclusivas aos ciclistas, finalizando projetos licitados ou em obras e implantando outros projetos executivos já em curso. A médio prazo essa metragem subiria para 172,7 quilômetros, chegando a 385,2 quilômetros a longo prazo.
As obras incluem uma ação integrada envolvendo a Secretaria de Transporte e Mobilidade, responsável pelo planejamento das ciclovias nas regiões administrativas; a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), que cuida da construção; o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), que cuida das sinalizações horizontais e verticais das pistas depois de prontas; e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF), que inclui automaticamente as ciclovias em todas as novas rodovias que são construídas no DF. A iluminação dos trechos fica a cargo da Companhia Energética de Brasília (CEB).
Vale mencionar que o DER/DF prepara a construção de mais 34 quilômetros de ciclovias em rodovias do Distrito Federal. Entre elas, 25,6 quilômetros ligando o balão do Colorado à entrada da Planaltina. De acordo com o superintendente de Obras do órgão, Cristiano Cavalcante, o modal é muito importante para a mobilidade dos grandes centros urbanos.
“Isso porque, além de ajudar na fluidez do trânsito, com menos carros nas ruas, contribui com a qualidade ambiental, por não produzir nenhum tipo de poluição”, observa Cavalcante.
Com informações da Agência Brasília