Destinado ao uso urbano, revolucionário capacete utiliza tecnologia não-newtoniana que altera automaticamente as características de viscosidade do seu acolchoamento em caso de impacto
Acessório de segurança da máxima importância, o capacete de ciclismo vez ou outra é deixado de lado por quem pedala casualmente devido ao seu volume, peso e dificuldade de armazenagem (quando não está sendo utilizado).Foi pensando nisto que uma equipe de designers dinamarqueses desenvolveu o Newton-Rider, um revolucionário capacete para utilização com bicicletas, que utiliza uma tecnologia inédita no mercado de acessórios de segurança para ciclismo.
Ao contrário dos capacetes convencionais para uso em bike que utilizam uma estrutura em espuma de poliestireno expandido (EPS) – popularmente conhecido por isopor –, o Newton-Rider utiliza uma carcaça flexível, em conjunto com uma série de placas amortecedoras em sua parte externa. Estas placas contém em seu interior uma substância líquida de formulação proprietária, cuja viscosidade é alterada em caso de impacto, em um fenômeno físico denominado como Princípio Não-Newtoniano.
Viscosidade mutável – De acordo com o famoso cientista inglês Isaac Newton (1643-1727), entre as propriedades físicas de um líquido está sua viscosidade, que é basicamente a medida da quantidade de atrito/resistência necessário para uma determinada substância fluir. Para Newton, em um fluido ideal, a viscosidade depende em grande parte da temperatura e pressão: a água continuará a fluir – ou seja, agir como água – independentemente de outras forças que agirem sobre ela.
No entanto, em um fluido não-newtoniano – como no caso do fluido utilizado no capacete Newton-Rider –, a viscosidade se altera em resposta a uma tensão aplicada nele, fazendo-o se comportar no limite entre líquidos e sólidos.
A sensibilidade ao impacto desse tipo de fluido significa que ele pode absorver melhor a energia de um projétil de alta velocidade ou impactos fortes, enquanto continua a ser flexível o bastante para vestir confortavelmente.
Atualmente, a tecnologia não-newtoniana já é utilizada em protótipos de coletes à prova de balas e em equipamentos esportivos. Esquiadores americanos e canadenses nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2006 utilizaram uma espécie de ‘blindagem inteligente’, fabricada pela empresa britânica D3o Labs.
Graças a esta tecnologia, o capacete Newton-Ride, ao contrário dos capacetes comuns, é macio e flexível, se moldando a cabeça do ciclista de forma muito confortável. Sua maleabilidade possibilita armazená-lo facilmente dentro de uma pequena bolsa quando não está sendo utilizado. Outra vantagem é sue pequeno volume. Enquanto que um capacete de EPS pode chegar facilmente a 35mm ou mais de espessura, o Newton-Ride chega a menos da metade deste valor (16mm).
Eficiência no impacto – Em caso de acidentes, o acolchoamento do capacete imediatamente altera sua viscosidade, absorvendo o impacto – que de outra forma atingiria diretamente a cabeça –, com um grau de eficiência e segurança que se equipara aos mais modernos capacetes de ciclismo de alta performance. De acordo com o fabricante, o capacete Newton-Ride excede as normas de segurança das certificações EN 1078 (Europa) e CPSC (EUA).
Outro destaque do novo capacete é a possibilidade de reutilização após o acidente. Ao contrário dos capacetes de EPS que se quebram após o impacto e precisam ser descartados, o acolchoamento do Newton-Ride retorna às suas características originais, podendo ser utilizado novamente e com a mesma eficiência.
Preço e disponibilidade – Atualmente, o novo capacete Newton-Rider está sendo comercializado em regime de pré-venda, através do site de financiamento coletivo Indiegogo, onde poderá ser adquirido ao preço promocional de 81 dólares.