10 de novembro de 2024
CIMTB
Protocolo tem como objetivo dar segurança para atletas e público - Foto: César Delong

CIMTB lança série sobre as lendas do mountain bike

Nova série apresentará os atletas que fizeram história na competição. O primeiro episódio é com Henrique Avancini, campeão mundial de XCM e cinco vezes vencedor geral da CIMTB

A Copa Internacional de Mountain Bike (CIMTB) lança a série Lendas CIMTB, que destacará atletas amadores e profissionais que fizeram a história do evento e contribuíram para o crescimento do esporte no país. Para participar é fácil e qualquer um pode enviar suas fotos e informações pelo e-mail lendas@cimtb.com.br com as seguintes informações:

  • Até 3 fotos
  • Nome ou apelido
  • Cidade/estado
  • Categoria atual
  • Quando foi a primeira vez que correu na CIMTB
  • Quantas etapas correu na CIMTB
  • Momento inesquecível na CIMTB como atleta e, também, como espectador.

Mais informações sobre o Lendas CIMTB podem ser encontradas em nosso podcast em um episódio exclusivo. Para acessar, busque “CIMTB” no seu leitor preferido.

Para abrir a série, a CIMTB convidou o maior representante do esporte no país e cinco vezes ganhador na Super Elite da competição, Henrique Avancini, para contar sua história junto com o evento, no qual competiu pela primeira vez no ano 2000. Ele também falou sobre sua trajetória como atleta paralelamente ao aquecimento do mercado do mountain bike no Brasil.

CIMTB Michelin
Henrique Avancini – Foto: Fábio Piva / Pivaphoto.com

“A primeira vez que eu participei foi em 2000. Lembro que o evento foi no Recanto dos Fonda em Sabará, há 22 anos”, lembra. Nessa época, as divisões de categorias ainda eram diferentes. A categoria Juvenil acomodava atletas de 13 aos 16.

“Com 13 anos, mesmo correndo com atletas mais velhos, fiquei em 3º lugar, em 2001. Lembro também, que no final do campeonato, foi o próprio Rogério Bernardes, organizador do evento, que me deu a notícia de que a CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo) iria, a partir de 2002, criar a categoria infanto-juvenil. Foi quando eu ganhei meu primeiro campeonato geral na Copa”, conta Avancini.

“Nos primeiros anos eu ia com meu pai e mais dois amigos para dividir a gasolina. A gente ficava acampado. Depois eu passei a ter apoio para ficar nos hoteizinhos das cidades. Mais tarde eu comecei a ir antes, pra fazer a preparação e o reconhecimento de pista. Até chegar no nível que estou hoje, que eu preciso ir com uma equipe gigantesca”, compara.

Desde então, foram 7 títulos de categorias e 5 títulos na Elite. Ele só fica atrás de Rubens Donizete, que venceu 6 vezes na categoria mais alta. Avancini tem a chance de igualar o recorde este ano. Ele lidera a classificação geral do campeonato de 2020.

Essa história foi fruto de muito trabalho e aprendizado, tanto da CIMTB, quanto de Avancini. “A Copa me ensinou a ter uma carreira profissional. Durante muitos anos, e até hoje, ela foi se tornando a base do nosso calendário. Era onde a gente tinha mais exposição, onde tinha um nível de concorrência mais alto, então era o que dava estrutura pra gente pensar na nossa preparação durante todo o ano. Ela foi pra mim e para muita gente, o laboratório para a gente aprender a ser atleta profissional”.

“O evento cresceu acompanhando a evolução do esporte. Então, até a Elite, os melhores atletas do país ainda tinham uma gestão amadora naquela época. Assim como o evento foi crescendo e se tornando mais expressivo, o esporte também foi, e vice versa. O nível das equipes começou a crescer, um foi alimentando o outro”, avalia.

De 2000 até hoje, Avancini participou de pelo menos uma etapa da competição em todos os anos. E, para ele, a evolução do evento acompanhou a evolução do mountain bike no país, que tem se tornado um esporte cada vez mais importante.

Futuro – Em 2022, a CIMTB organizará a etapa de abertura da Copa do Mundo de Mountain Bike, em Petrópolis, cidade natal de Avancini. Um marco na história do esporte no país, que aponta para um futuro promissor, e mostra que o Brasil está se tornando uma potência mundial do ciclismo off-road.

“O esporte está crescendo, o ambiente está melhorando. Acho que a conquista da Copa do Mundo aqui ilustra muito bem isso tudo” avalia. Os desafios, contudo, quando se está no topo, se tornam ainda mais difíceis, segundo ele.

“E o que é desafiador para a Copa, também é desafiador para mim! É muito difícil estar sempre aberto ao novo, sempre evoluindo. E é muito complicado encontrar essa motivação. Mas eu acho que eu como atleta descobri isso, e a copa como evento, também. O Rogério e a equipe dele são sempre autocríticos, estão sempre buscando melhorar. E isso é importante no esporte. Se você parar, alguém vai ficar melhor que você”, explica.

Na mesma direção – Como todo grande movimento, o MTB precisou que muitas pessoas caminhassem juntas e com os mesmos objetivos para que o esporte se tornasse o que é hoje. “O mountain bike no brasil cresceu muito nos últimos anos porque cada vez mais pessoas apontam para a mesma direção, com a mentalidade de ‘vamos fazer o esporte ser grande”, avalia.

“Eu acredito muito no quanto as pontas se alimentam. Então, o meu crescimento como atleta contribui para a copa, assim como a copa contribuiu muito para o meu crescimento como atleta. Os profissionais da área passaram a olhar menos os interesses pessoais e começaram a querer fazer o todo crescer, e está sendo ótimo para todo mundo. É a forma que eu vejo o esporte hoje e como eu tento direcionar minha carreira como atleta, chefe de equipe e com as marcas com as quais eu trabalho”, conclui.

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Regulamento e protocolo de segurança

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

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