MTur mapeou e identificou mais de 100 cidades e cerca de 18 rotas de cicloturismo, espalhadas de norte a sul do país
Muito mais do que um meio de transporte, a bicicleta passou a ser um item de lazer indispensável na vida dos brasileiros durante a pandemia. A busca por atividades ao ar livre que proporcionassem distanciamento e contato com a natureza fizeram com que as vendas das bikes aumentassem 118% no Brasil, no ano passado, segundo a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike). Diante disso, o Ministério do Turismo, em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio) vêm estruturando e promovendo trilhas de longo curso, que estimulam o cicloturismo no país.O Ministério do Turismo está mapeando e já identificou mais de 100 cidades e cerca de 18 rotas de cicloturismo espalhadas de norte a sul com percursos estruturados e ligados ao ciclismo. Em trilhas que perpassam parques nacionais de todo o País, cerca de 3.500 km de trilhas já estão sinalizadas para a realização de passeios por turistas e visitantes. A meta do governo federal é chegar a 10.500 km nos próximos anos e movimentar o turismo em mais 2 milhões de pessoas por ano.
“Cicloturismo é muito mais do que pedalar, é viver novas experiências, é ter a possibilidade de montar o seu próprio roteiro e ter contato com a cultura, a natureza e a biodiversidade dos nossos destinos”
Para o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, as bicicletas se tornaram grandes parceiras do setor, visto que elas possuem potencial para fortalecer o turismo de proximidade e o de experiência tanto ‘no destino’ quanto ‘para o destino’. “O cicloturismo é muito mais do que pedalar, é viver novas experiências, é ter a possibilidade de montar o seu próprio roteiro e ter contato com a cultura, a natureza e a biodiversidade dos nossos destinos. Além disso, a prática pode fomentar a economia de muitas famílias das cidades próximas aos grandes centros, gerando emprego e renda para eles”, declarou.
Na lista, elencada pelo MTur, capitais como Manaus (AM), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), Goiânia (GO) e Brasília (DF) foram identificadas com ampla malha cicloviária e/ou sistemas de compartilhamento de bicicletas. Além delas, a Pasta selecionou outras já conhecidas pelos praticantes, como o Caminho dos Morcegos, no Amazonas; o Caminho da Fé, que corta os estados de São Paulo e Minas Gerais; o Circuito de Cicloturismo do Vale Europeu, em Santa Catarina; e o Caminho Cora Coralina, em Goiás, esta última integra a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso (RedeTrilhas).
Formada pelos ministérios do Turismo e do Meio Ambiente; e o ICMBio, a RedeTrilhas objetiva interligar biomas de Norte a Sul do país, conectando diferentes paisagens e ecossistemas de forma a estruturar, promover e dar visibilidade à oferta do turismo de natureza no país. Além disso, a expectativa é informatizar o processo de inclusão de trechos e a manutenção de um banco de dados pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio de um portal oficial em desenvolvimento com o ICMBio, para a instalação de sinalização dos parques, fornecimento de equipamentos destinados à conservação dos percursos e construção de mirantes e outras estruturas nos locais.
Novas rotas – Recentemente, Porto Alegre (RS) anunciou a chegada de uma nova rota turística para ciclistas às margens do Rio Guaíba. Com apoio da prefeitura local e com investimentos da iniciativa privada, o novo percurso englobará a qualificação e urbanização de sete “portais” do ponto turístico, que contarão com a instalação de bancos de concreto, academia ao ar livre, guarda-corpo e escadarias para uso da população. A intenção é de que a revitalização do local conte com a parceria no compartilhamento de bicicletas do sistema Bike Poa, que conta com mais de 40 estações e 400 bicicletas em Porto Alegre.
Ainda no Sul do país, Camboriú (SC) ganhou um novo circuito de cicloturismo. Ao todo, o percurso possui quase 38,5 km. Há ainda outros 35 km de rotas opcionais para os ciclistas, totalizando mais de 70 km, com 1300 metros de altitude acumulada. De acordo com a prefeitura da cidade, o percurso conta com a sinalização de 20 setas verticais, que servem para orientar as interseções do circuito e pode ser realizada por aplicativo, de forma online ou offline.
O Nordeste, em breve, também deverá ter um novo roteiro de cicloturismo, ligando duas capitais. Com apoio do Ministério do Turismo, Salvador (BA) e Aracaju (SE) vão ganhar uma ciclovia litorânea que irá proporcionar experiências aos turistas, além de oportunidades para geração de renda para a população local. Proposta pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a ideia é que o percurso tenha início no Farol da Barra, em Salvador, e vá até a Praia dos Artistas, localizada em Sergipe.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo, por Victor Maciel